31 de dez. de 2010

Receita de ano novo!

Chegamos ao último dia do ano, e por sinal ele acordou mais lindo do que nunca.
É hora de agradecer pelos doze meses vividos e dar as boas vindas a 2011, que ainda é um bebê!
Que o novo ano comece cheio de boas energias e muita, muita união!
Que prevaleçam os caminhos da justiça e da paz e que as pessoas de bem nunca percam a esperança e a vontade de sonhar!
Que a saúde esteja ao nosso lado e que o amor, a fraternidade e a amizade ganhem destaque na vida de todos nós!

Para desejar a todos um maravilhoso 2011, escolhi o tradicional poema de Drummond - "Receita de Ano Novo".
Um beijo no coração de todos e obrigada pelo carinho de quem esteve por aqui esse ano todo!


"Para você ganhar um belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre."

(Carlos Drummond de Andrade)

27 de dez. de 2010

"Tinha esquecido do perigo que é colocar o seu coração nas mãos do outro e dizer: toma, faz o que quiser"


Caio Fernando Abreu

20 de dez. de 2010

Que venha 2011!

O final do ano chegou e com ele todos aqueles antigos planos. A idéia de fazer academia, as aulas de tênis, o compromisso de ir caminhar todos os dias, a vontade em mudar de emprego, fazer outra faculdade, pensar na pós graduação, no mestrado, no curso de inglês que foi esquecido por alguns anos... Todos aqueles compromissos que são planejados e esquecidos nas primeiras semanas de fevereiro. Agora todo mundo só quer saber de viajar, de curtir a vida, de beber cerveja até o fígado dizer chega. E pra falar a verdade, é o que eu mais queria fazer.
No entanto, como nem tudo são flores, festas e férias, volto a trabalhar nesta terça-feira (21 de dezembro), depois de quinze dias de viagens, sombra e muita água fresca.
Viajar neste final de ano me trouxe outras sensações. Pude caminhar sozinha, sem rumo e pensar na vida em todos os aspectos.
Talvez o mês de dezembro seja sempre o meu mês. Porque é nele que eu sempre sento e tento conversar com Deus. Pergunto a Ele o porquê disso e aquilo. Questiono as mil possibilidades de uma vida mais feliz e descubro, quase sempre, que nada é tão difícil quanto parece.
O fato é que sentar na beira do mar e botar a conversa em dia me faz uma pessoa melhor. 

Relembrei muitas histórias felizes, antigas paixões, encontros e desencontros. Pensei nos amigos que foram em busca de novas oportunidades e dos muitos que estão construindo as vidas ao lado de outras pessoas. Pensei em mim, por completo. Do quanto eu fui e do que sou hoje. Pensei nas inúmeras vontades e nos sonhos que ainda são somente sonhos.
O bom de tudo isso é que pude colocar no papel todos os desejos e torná-los compromissos! E antes que o ano termine, eu preciso muito agradecer. Agradecer pelos doze meses de aprendizado, pelas muitas alegrias, pelas pessoas lindas que eu conheci, pela paixão gostosa e pelas borboletas que por muitas vezes reinaram no meu estômago!
.
A passos de completar meus 23 anos,  percebo que tenho muito, muito a aprender. E é exatamente isso que eu quero e preciso que aconteça. Tenho muito o que viver e essa aventura doida está apenas começando! 

Que venha 2011!!!

16 de dez. de 2010

Férias, férias, férias!

Depois de muito róoooooque em Maringá, estou curtindo a calmaria em Gravatá, um bairro de Navegantes, em Santa Catarina. Aqui da lan house dá pra ouvir o barulho do mar. E 'quê' mar bonitão! O lugar aqui não foi completamente "habitado". A cidade é bem pequena, os moradores fecham as lojas na hora do almoço e existem apenas dois bares que ficam abertos até as 22 horas. Aqui a preservação existe de fato e ninguém se atreve em jogar um papel de bala no chão.  Ainda dou risada desse sotaque catarinense, mas cada vez que venho para este estado me apaixono mais por esse povo!

Tenho ido dormir as nove e meia da noite e acordado com as galinhas. Faço café da manhã pra turminha (primas e tia) e depois me jogo na praia. Ou melhor... me joguei por dois dias, quando o sol e o vento deram as caras. A chuva tem predominado e os dias frios também voltaram a reinar. Logo no mês de dezembro, para o meu total desgosto.

Mãããs, como me aconselhou o André, estou aproveitando para viajar em mim. Esse tempo é todo meu e é difícil me adaptar a ele. Melhor dizendo: é difícil aproveitar ele da maneira correta.
Na correria do dia a dia, acabo me esquecendo dos prazeres mais bobos, das conversas mais gostosas, do calor humano, da alegria de não fazer absolutamente NADA!

Amanhã volto pra Foz... e juro que estou morrendo de saudade da minha casa, da minha cama, dos meus cachorros e da family! Agora é pensar na vida com calma. Esperar o Natal e buscar um ano novo cheio de boas energias e novidades!

Beijos e upas!
Até breve!

8 de dez. de 2010

Férias pra que te quero!

Precisava atualizar este blog, e nada melhor do que atualizá-lo estando de férias. Melhor: estando em outra cidade. Pois é! Cheguei hoje cedo em Maringá. Já tomei café, já fui passear com a Peipei (a cachorrinha da carol), já dei bom dia pros vizinhos e já conheci o bairro!
Como é bom viajar! Como é bom me desligar da rotina! Como é bom ver gente diferente nas ruas! Como é lindo rever os amigos! E melhor: como é bom NÃO passar calor!
Maringá é mesmo uma bela cidade!
Vou lá fazer o almoço e partir para o mundo!
:*

30 de nov. de 2010

Vou de vermelho!

Final de ano é sempre a mesma coisa. Começo a fazer planos e traçar os “novos” rumos da minha vida para o ano seguinte. É como se aqueles doze meses vividos não valessem nada. Ou até valessem, mas como pura experiência. Então decidi que este ano não faria planos. Não escreveria cartas para mim mesma e também não ditaria todas as coisas certas e erradas que fiz em 2010. Pensei somente em usar uma cor mais “significativa” no reveillon, já que eu acredito em superstições e neste ano – em que passei de branco – minha vida foi de total tranqüilidade. Diria que até demais para o meu gosto.

Lembrei que há três anos eu e minhas amigas combinamos de passar o reveillon com a calcinha vermelha. Acabou que todas passaram de calcinha e vestidos, saias e blusas vermelhas. Foi uma loucura! E como foi! Passamos a noite bebendo e fazendo planos de como seria o nosso ano. E acabou que ele foi cheio de paixões – para todas nós. 

O fato é que nenhuma dessas paixões foi duradoura (como já esperávamos), o que fez com que cada uma de nós partisse em busca de outra coisa, e então no ano seguinte cada uma passou de uma cor - Rosa, verde, azul, roxo e branco. Sabe Deus o que isso significa para um bando de doidas como nós. 

O fato é que mais um final de ano se aproxima e mais uma vez não vou estar com elas. O destino fez as cores mudarem de lugar e agora estamos uma em cada cidade, com seus sonhos e objetivos distintos. 
Mesmo assim, o que ainda importa e faz meu coração pular de alegria é receber a mensagem delas na noite do dia 31 com a seguinte frase: “não esqueça da calcinha”

É meninas, não vou me esquecer. Mesmo!

20 de nov. de 2010

A mudança de rotina nem sempre é boa, nem sempre é suave, 
nem sempre chega como a gente quer. 
Ando desligada do mundo. Desligada da mente. Desligada de mim. 
Tanta coisa já não importa mais. Tanta coisa ficou para trás. 
Hoje descobri que o acaso não existe e que tudo, tudinho sempre esteve preparado pra mim. 
A felicidade pode sim ser passageira, mas nunca deixará de ser felicidade.

15 de nov. de 2010

Quando mudar já não era a palavra...

Passei a ler mais depois que você foi embora. Também tive tempo para arrumar as gavetas e deixar o guarda roupa em ordem. Resolvi pintar a parede da sala de laranjado – aquela cor que você disse detestar quando vimos na loja de móveis - e depois de pronto comprei um mural lindo para encher de fotos e decorar a casa.
Também mudei o corte e a cor dos meus cabelos, deixei as unhas crescerem e resolvi usar batom vermelho de vez em quando. Estou cinco quilos mais magra e isso se deve ao fato de minha alimentação ter voltado ao normal. Não estou mais me entupindo de batatas fritas, pizzas e refrigerantes. Estou trabalhando mais e pensando em fazer curso de italiano. Também voltei a natação e as aulas de yoga,
E o que você deve estar super feliz em saber é que eu finalmente parei de fumar. Pois é, fui parando aos poucos e de repente me vi sem fumaça por perto. Estou como todo bom ex-fumante: com raiva de cigarro, especialmente do cheiro dele. Por isso fui até a loja da esquina comprar novos incensos e de repente observo você, parado, olhando para o relógio do pulso.

Não contive meu sorriso, mas logo pensei: Ele não muda mesmo. Está sempre olhando para esse maldito relógio! Porque diabos você olha para o relógio ate mesmo em uma loja de artigos esotéricos?
Como você não me viu, pensei em não cumprimentar. Seria estranho chegar perto para um “Oi, tudo bem?”. Para mim, bastava um olhar distante. Observei tudo ao seu redor e notei que estava acompanhado de um amigo. Paguei a conta e sai de fininho, com medo de ser notada.

Ao chegar em casa, acendi meu incenso e bati no peito pelas grandes mudanças na minha vida. Eu estava melhor, satisfeita, equilibrada e sozinha. Aliás, nunca tinha estado tão sozinha. A solidão bateu a porta meses depois do nosso fim de relacionamento. Foram quatro convites para ser madrinha de casamento. Todos eles me atingiram dos pés a cabeça. Não era somente pelo fato de estar ali, de braços dados com homens que jamais tinha visto na vida, mas pela sensação de perda das amigas. Todas casaram e posso contar nos dedos às vezes que recebi uma ligação ou visita de qualquer uma delas.

Entendo que o momento seja de festa e lua de mel, mas enquanto isso, vou cavando minha solidão entre as pinturas da sala e o som da vitrola. Sabe de uma coisa? De que adianta ter lido tantos livros, se não tenho  pra quem comentar depois? De que adianta arrumar a casa, as gavetas e decorar a sala, se no mural não existem mais nossas fotografias? De que adianta o curso de italiano se a viagem a Roma era um dos nossos planos? Quer saber?  Nem gosto tanto assim de batom vermelho e meu cabelo já voltou a crescer. Também já roí as unhas e desisti da natação (estava ficando com braços de mulher macho). Ainda estou firme na alimentação, mas luto todos os dias contra o refrigerante. (E sonho com aquela pizza de calabresa de perto da sua casa). Estou na Yoga porque ela sim mantêm minha mente equilibrada para que eu não faça nenhuma loucura.  E quer saber de mais uma coisa? 
Estou indo agora mesmo a padaria comprar cigarros.

13 de nov. de 2010

"Estranho é que não escolhi. Não consigo precisar o momento em que escolhi. Nem isso, nem qualquer outra coisa, nem nada. Foram me arrastando. Não houve aquele momento em que você pode decidir se vai em frente, se volta atrás, se vira à esquerda ou à direita. Se houve, eu não lembro. Tenho a impressão de que a vida, as coisas foram me levando. Levando em frente, levando embora, levando aos trancos, de qualquer jeito. Sem se importarem se eu não queria mais ir. Agora olho em volta e não tenho certeza se gostaria mesmo de estar aqui. Só sei que dentro de mim tem uma coisa pronta, esperando acontecer. O problema é que essa coisa talvez dependa de uma outra pessoa para começar a acontecer."

Caio Fernando Abreu

1 de nov. de 2010

Meu mundo Bridget Jones

Minha família é um tanto quanto diferente do que se intitula “tradicional”. Talvez esta nem seja a palavra adequada quando o assunto em questão é o casamento. Depois que um dos primos resolveu noivar, a turma toda se animou. (Menos eu, é claro!). Dos quatro filhos da dona Anita, todos casaram. (Mãe e tia no civil e no religioso, os dois tios resolveram se ‘juntar’, como eles dizem). Dos nove netos da minha avó (sendo sete homens e duas mulheres), a contagem dos namoros começou diferente da escala por idade. Esperava-se que o neto mais velho casasse primeiro, mas ele preferiu se ‘juntar’ e está junto há mais de dez anos. (O que eu acho lindo por sinal!). O segundo da escala dos mais velhos sempre foi um ‘puto véio’, como eu costumo chamar. Mas nessa de mil e um amores, ele deu de presente para a minha avó o primeiro bisneto, que por sinal deixou ela boba que só vendo. Então um dos primos de ‘meia idade’ (passado dos 25) resolveu noivar com a namorada. Depois dele um dos mais novos também noivou e em menos de um ano casou no civil e religioso. Daí o irmão mais velho do atual casado sentiu aquela pressãozinha básica e resolveu anunciar o noivado. Agora estamos assim: a espera de mais um casamento na família. Enquanto isso, quem não casou pelo menos namora. Exceto eu, minha irmã, o ‘puto véio’ e o João Victor, que tem dez anos. A alegria é constante, diga-se de passagem. Depois que a turma casa, os encontros de família ficam ainda mais cheios de gente e as conversas sempre são produtíveis... A não ser quando chega o Natal. Oh data que me mata! Aliás, mata eu, minha irmã e o ‘puto véio’, que finge não mais ligar, já que agora ele tem um filho. Bem, ele tem um filho, mas não está casado  daí começam aquelas conversas de toda boa  velha família. Vamos ao diálogo com a minha pessoa:
- Cadê o namorado Thays?
- Não estou namorando tio! To curtindo a solteirice!
- Ah! Mas não pode, assim vai ficar pra titia.
- (Pausa para o meu riso forçado)
- Onde já se viu. Passou dos vinte e sem namorado vai ficar encalhada.
- (Risos gerais da família).
- Mas eu não preciso necessariamente namorar, casar e ter filhos antes dos trinta não é tio?
Aí pronto. Toda a família resolve dar palpites, lembrar dos seus ex- namorados que eram ‘queridíssimos’, fazer sugestões quanto ao meu comportamento agressivo e assim por diante.
Parto para o meu mundo Bridget Jones e penso em responder: “E vocês, que estão casados há mais de vinte anos, como andam as trepadas? Vocês ainda fazem sexo ou já se cansaram da cara um do outro?”. É lógico que todos estes pensamentos ficam para o meu mundinho interior. Nos natais e em qualquer festa que o diálogo acima aconteça eu apenas me finjo de louca, bebo meu champanhe, fumo meus cigarros e logo após a ceia me jogo na rua pra dançar até o esqueleto cansar. Afinal, qual o problema em não ter namorado? Qual o problema em pensar diferente dos seus primos? Talvez se existisse uma prima casada a situação seria ainda mais deprimente.
Minha avó que tem 73 anos já se acostumou com esse jeito louco da neta. A netinha ‘mais velha’ foi a primeira a namorar, a primeira a colocar piercing, a fazer tatuagens, cortar o cabelão e se aventurar a ser jornalista. Tudo isso pra uma família que descende de alemães é quase como se auto-deserdar.
Minha avó sempre diz que eu sou a neta mais doida que ela tem, mas também se orgulha (e ela diz isso) em saber que aos 16 anos euzinha já pagava a mensalidade da escola.
Até hoje, quando pego carona com meu primo advogado-que-usa-terno-e-gravata, ele diz: você quer quanto pra tirar esse piercing do nariz? Ou então, se vou trabalhar com uma blusa meio aberta nas costas (local que encontra-se tatuado), o comentário é sempre o mesmo: Ta calor hoje né?
Infames ou não, são os comentários do meu primo certinho, que de tão certinho é um dos caras que eu mais amo na vida!
Então meus amores, parentes e afins, antes de começarem com as perguntinhas infames e os comentários maldosos sobre a vida de uma solteira-feliz-a procura, fiquem cientes de que pra tudo tem uma resposta. E talvez ela não seja tão bem vinda quanto a chegada de um novo namorado. (Nénão?)

Ps.: No fundo no fundo, natais sem comentários maldosos dos titios são como festas sem bebedeiras. A gente nunca se diverte como deveria.

30 de out. de 2010

Paixões impossíveis sempre foram meus roteiros favoritos. Mesmo sem entender desses romances (e porque não dizer amores) complicados, percebi que a minha entrega seria a única coisa possível de acontecer.
O máximo que fiz foi usar e abusar dos sonhos. Discretamente preenchia meu coração com o que era possível e confesso que talvez estes sejam os momentos mais duradouros e verdadeiros. Isso porque deixei o tempo falar por si só. Aliás, é ele que preenche todo e qualquer vazio. Certa vez uma amiga me disse que agir por impulso em troca de nada não vale a pena. Ela estava certa. Enquanto as certezas não existem, prefiro me perder em mentiras sinceras, que embora sejam confusas, ainda são as minhas verdades.


22 de out. de 2010

Da série: Vá ao cinema e me convide!

Comer Rezar e Amar

Ainda estou em êxtase. Me senti tocada de corpo, alma e coração. 
Eu sei, para muitos pode parecer exagero toda essa euforia por um livro que virou filme e blá blá blá. Acontece que pra mim, Comer Rezar e Amar mudou o que precisava ser mudado e abriu minha mente espiritual, religiosa, amorosa, cautelosa, cuidadora e precavida como nunca antes havia acontecido. 
Depois de contar os dias para ir ao cinema, eis que surge o convite de uma grande amiga. Silvana tem lá seus quarenta e poucos anos maravilhosamente vividos. Mãe do Rafael, de 11, ela é também um pouco minha “maezota”, como eu costumo chamar. 
Silvana já trabalhou em uma empresa aérea e teve a oportunidade de conhecer dezenas de países, entre eles a Itália e a Índia, dois dos lugares onde a Lis Gilbert viajou em busca do equilíbrio espiritual. Hoje a Silvana é dona de uma pousada charmosíssima, que administra como sua própria casa. Aliás, a pousada foi montada na casa dela e isso faz com que muitos dos turistas sempre voltem, afinal não é em qualquer lugar que você encontra conforto, comodidade e árvores frutíferas no quintal.  O lugar é mesmo encantador, e a Silvana uma amiga muito especial. Somos duas capricornianas geniosas e nos entendemos com uma simples mexida no cabelo. Por isso, não teria companhia melhor para assistir Comer, Rezar e Amar numa quinta-feira de primavera.  

Mas voltando ao filme, tanto eu quanto Silvana nos deliciamos. Cada uma com sua pipoca nas mãos, sorrimos, choramos e ao sair do cinema nos tomamos por boas gargalhadas. O fato foi sonhar com um “Felipe” em nossas vidas. “Deus abençoe os brasileiros” disse Julia Roberts, e eu assino em baixo.
É claro que o filme não traria todos os detalhes do livro, mesmo assim surpreendeu! Especialmente ao ouvir o Samba da Benção, de Vinicius de Moraes na voz de Bebel Gilberto. Pense bem, um filme gringo com trilha sonora brasileira é coisa fina demais! E essa não foi à única canção... assistam para ver que maravilha de trilha. Sem falar no figurino, um detalhe a parte!
Como disse no post onde eu descrevia todo o livro, mantenho meus elogios à escritora e digo com a suavidade da canção de Vinicius que todas as palavras desta obra tiveram enorme efeito e significado em minha vida.

Viva a espiritualidade! Viva a alegria! Viva o equilíbrio! Viva o amor!

18 de out. de 2010

Admirar-se do que é natural

Conversei com a saudade e fizemos as pazes. Era melhor mesmo chegarmos a uma solução tranquila que fizesse meu coração acalmar de vez. E hoje, estou cantarolando como  a melhor música da vitrola. Encontrei a melodia perfeita para uma vida distante do comum.   
Deixei os planos de lado e resolvi admirar o que existe aqui, agora, neste instante. Estou amiga de um presente único, onde as belezas mínimas são vistas com  lupa e valorizadas a cada milímetro. Me contento com essa alegria boba de estar aqui, com um sorriso enorme e uma verdadeira vontade de voar bem alto. Pode parecer estranho, mas essa nova direção ou nao direção de rumos me fez enchergar a vida com outros olhos.  É fantastico perceber a doçura do ser humano. É gostoso sentir saudade. É alucinante perceber o que existe de bom, especialmente quando ele existe da forma mais simples possivel. 
Hoje sou amiga e admiradora do tempo. 
Por que ainda que tudo possa ser difícil e diferente, ainda existe a vontade. E quando ela existe, nada, nem ninguem pode evitar que o encontro aconteca.

12 de out. de 2010

Explicar situações nunca foi o meu forte.
Aprendi a ler nas entrelinhas e sempre acho que os outros deveriam fazer o mesmo.
Porque nem tudo precisa ser dito, explicado, detalhado.
É como o amor... ele não precisa ser exibido e espalhado aos quatro ventos.
A melhor medida do amor é aquela que nada diz e tudo se sente.
O melhor relacionamento é aquele onde o 'eu te amo' paira nos olhos, ou se apresenta de forma sutil como um suspiro no travesseiro. 
Deixe os questionamentos para quem tem tempo.
O que eu mais quero é aproveitar essa doce vida, que a cada dia me apresenta um novo encanto!

7 de out. de 2010

Enquanto os dias passam, meus pensamentos vão e vem...
Quase sempre para o mesmo lado.
Quase sempre tão longe.
Quase sempre tão perto.

27 de set. de 2010

Viva o Kiko!

Reza a lenda que Carlos Drummond de Andrade um dia escreveu: “Quem não tem namorado é alguém que tirou férias remuneradas de si mesmo”. Caso o texto (que pode ser lido na íntegra aqui) não seja mesmo do autor, eu ainda concordo em gênero, numero e grau com todos os tópicos levantados.
Resolvi buscar o texto na internet ao me dar conta de que namorado [as vezes] faz falta.
Eis a situação: Estou eu, trabalhando em uma segunda-feira nublada na cobertura de um evento em um shopping da cidade. Vou acompanhada do Francisco [vulgo Kiko], o fotografo do jornal. O Kiko é daqueles caras que já escutou todas as histórias de amor, já conhece seus ‘ex-ficantes’, os não ficantes, os gatinhos e não gatinhos. Na verdade, entre uma pauta e outra, ele também me conta das namoradas e namorinhos dele, mas sou eu quem sempre bate os recordes de falação. É ele também que sempre empresta uns trocados pra comprar um risoles ou uma coxinha de frango na padaria. E hoje, o Kiko resolveu me pagar uma casquinha do Mac Donalds. [Juro que estou rindo só de lembrar a cena]. Kiko olha pra mim e diz: Você quer um sorvete? E eu, no modus operandi [grossa-jornalista-falida] respondo: Você vai pagar? E o querido Kiko responde com sutileza: Claro Thays! Então ele me compra a casquinha e eu agradeço com o coração partido. (Sou meio grossa às vezes). Olhei pra ele e disse: Kiko, faz tanto tempo não ganho um sorvete que tô até feliz. [Pausa para o momento Kiko rindo da minha cara]. Acho que ele preferiu não falar nada para evitar que eu o xingasse novamente. Então lembrei de outro dia quando ele me emprestou o cartão de crédito na farmácia pra pagar por um Atroveran [o remedinho favorito das mulheres em dias de TPM]. O atendente da farmácia deu até uma risadinha e soltou o comentário: “A conta é sempre deles, não é?”. Achei tão desnecessário aquele comentariozinho petulante que nunca mais voltei a tal farmácia. Depois de muito pensar, notei que um namorado realmente faz falta em algumas situações, mas neste momento, ainda prefiro pagar o que devo ao Kiko e me deliciar com a casquinha do Mac paga com gentileza por um grande e querido amigo!
E não, não pensem besteiras quanto ao Francisco. Ele não merece! Somos capricornianos com gênios completamente diferentes, mas na convivência diária com essa pessoa descobri um amigo e tanto para dividir meus “podres” e minhas alegrias de vida!Viva o sorvete, os cafés e as coxinhas da padaria! Viva o Kiko!

23 de set. de 2010

Tenho procurado o lugar onde guardei minhas emoções.
Não lembro de um dia as ter escondido, mas comecei a sentir falta com a chegada da primavera.
Não quero observar todas essas cores sem ter o coração decorado.
Não quero ver a chuva que traz o verão sem a alegria despertada dentro de mim.
Não quero escrever sem ser conduzida por elas.
Imagino que de tanto apanhar, elas tenham me dado férias.
Talvez estejam por aí, dividindo as alegrias com alguém que realmente faça por merecer.
Comecei minha busca, mas resolvi esperar.
Acho que elas voltam. [Um dia voltam!]
Preciso delas aqui, comigo, vibrantes e com sorrisos de enfeitar a vida!

Ps.: Quando vocês voltarem, falem-me de amor!

20 de set. de 2010

Socorro!
Alguém me dê um coração
Que esse já não bate nem apanha
Por favor!
Uma emoção pequena, qualquer coisa!
Qualquer coisa que se sinta...
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva.

Arnaldo Antunes

13 de set. de 2010

Escrevo tantas linhas para definir o indefinível
Há quem diga que para falar de amor é preciso sofrer
Há quem pense que a paixão dura apenas seis meses
Há quem ache tudo isso uma besteira.
.
Já eu, levanto a bandeira!
Falo do amor com a sutileza que ele merece
Não sou experiente de causa e tão pouco admiradora da excentricidade
Estou apenas dialogando com ele
Deixando fluir, entende?
.
Hoje  falo do amor com cautela, respeito, admiração e cumplicidade. 
E é assim, dessa forma simples e ingênua que mantenho meu apreço e meus sinceros agradecimentos!

“Admiro o que há de lindo e o que há de ser você!”

12 de set. de 2010

Amor é quando é concedido participar um pouco mais.
Amor é a grande desilusão de tudo mais.
Amor é finalmente a pobreza.
Amor é não ter inclusive amor.
É a desilusão do que se pensava que era amor.
Amor não é prêmio por isso não envaidece.

Clarice Lispector

11 de set. de 2010

O casamento da melhor amiga

Minha amiga Karen se casou sábado passado. Não faz muito tempo (ahan!)  brincávamos de boneca. As portas do meu guarda roupa ainda levam a assinatura dela. Lembro que minha mãe brigou muito ao perceber a “obra de arte” que fizemos ali. É estranho olhar para uma menina e perceber que ela cresceu.
Sim, nós crescemos!
Nunca duvidei do destino da Karen. Sempre soube que ela realizaria seus sonhos, que seria feliz – pelo menos sempre correu atrás disso. A Karen nunca esperou autorização de alguém pra fazer aquilo que achava certo. Pra mim, ela é um modelo de descrição, equilíbrio e bom senso. Fui convidada para ser madrinha do casamento dela com o Marcelo, o namorado que pouco conheci, mas que gostei logo de cara. 
Consigo perceber o amor do Marcelo pela Karen só de olhar pro rosto dele. Os olhos sempre brilham com aquele jeito de menino bobo.
O relacionamento deles nunca foi do tipo “te amo para sempre”. Tanto a Karen quanto ele nunca precisou expor a vida amorosa aos demais. (Modelo de descrição ao qual também me refiro). Os dois sempre mantiveram os votos de amor em sigilo. (Afinal, quem mais além deles precisam aprovar ou desaprovar o amor?). Não precisaram de orkut, twitter, facebook ou coisas do tipo. Viveram um namoro sólido, cheio de alegrias, viagens e muito amor!
Não sei ao certo, mas acho que foram três anos de namoro para o então casamento. E olha, fazia tempo que não via um casal tão feliz!  De um lado a noiva dançando até o chão, do outro, o noivo cantando em cima do palco os “hits” de Ivete Sangalo e Babado Novo. A noite foi de muita bebedeira, música e festa que não acabava mais! Mesmo com a folia, consegui conversar muito com a Karen, que ainda tentava “me arranjar” um amigo do noivo – "Não Karen, tô bem assim", era o que eu tentava dizer. Mas, como sempre, ela jamais me dava ouvidos e tentou ao longo da noite me “arrumar um corpinho”. (Podem rir, porque eu ri muito!).
Entre um gole e outro de wisky com guaraná, dancei, ri e rodopiei com a noiva. “E vai rolar a festa, vai rolar!”
Depois de muitas dores no pé, olhei para Karen e disse: Vai para o hotel menina, vai curtir sua lua de mel.E com um sorriso de orelha a orelha, ela me olhou e disse:
- Thays, lua de mel eu vou viver pro resto da vida. Festa de casamento eu só tenho uma! 
Realmente, ela tinha razão!
Então voltamos para a festa e aproveitamos até o ultimo minuto!



9 de set. de 2010

Dei férias aos pensamentos.
Preciso manter a mente quieta por alguns dias.
Fugir desse marasmo e controlar meus sentimentos.
Vou ali, mas volto já!

1 de set. de 2010

Logo eu, que sempre acreditei no amor, estou prestes a cometer suicídio.
O suicídio do amor.
Logo eu, que sempre mantive os olhos de menina e o coração aberto as novas paixões, estou a um palmo de me virar do avesso e cantarolar para o mundo minha total e plena liberdade.
E agora? Agora Vivre la vie, vous!

26 de ago. de 2010

Comer, Rezar e Amar


Talvez você até encontre essa obra entre as sessões de auto-ajuda de uma livraria qualquer. Mas atenção! Como diz o ditado: As aparências enganam! ‘Comer Rezar e Amar’ vai além do que muitos definem como superação. Iniciei a leitura por recomendação de uma amiga escritora e logo nas primeiras páginas me deliciei com o humor e o drama de Elizabeth Gilbert, a “Liz”. 
O livro conta a história real desta escritora/personagem que resolve abandonar a rotineira vida e cair no mundo em busca do equilíbrio. Liz escolheu a Itália, a Índia e a Indonésia para morar durante um ano (4 meses em cada país). 
Como sugere o próprio título, na Itália ela comeu, na Índia ela rezou e na Indonésia (mais especificamente, em Bali), ela amou. O principio da história pode até se assemelhar como auto-ajuda, já que Liz enfrenta o fim do casamento, o divórcio e uma vida de romances mal sucedidos.
Farta da mesmice e à procura da serenidade, ela embarca em uma história linda e encantadora rumo ao seu próprio destino, a sua própria felicidade.
Mais do que descrever lugares e pessoas em uma narrativa gostosa e envolvente, a escritora conta sua história real – que em muitos aspectos se confunde com as nossas próprias vidas. O mais delicioso deste livro – pelo menos pra mim – foi redescobrir os valores da fé. A obra não faz apologia a determinada religião e tão pouco discute sobre isso.
Ela apenas ensina a olhar com mais atenção, a acariciar os sentimentos, a pensar com o coração, a redescobrir as poesias.
Ela nos mostra um Ser tão poderoso e fala do amor de uma maneira tão singela que te faz sorrir a cada página.
Comer, Rezar e Amar, sem dúvida, entrou para a lista dos meus livros de cabeceira. Li as 342 páginas com tanto gosto e “apetite” que tudo o que tenho a fazer é indicá-lo a todos que apreciam uma boa viagem!

Ps. Costumo dizer que ‘Comer, Rezar e Amar’ é um livro feminino. Não quero ser preconceituosa e não sou absolutamente contra a leitura do público masculino. Quero apenas ressaltar que muitas das questões citadas no livro apenas uma mulher poderá entender. 

Trechos do livro:

“Deus reage às preces sagradas e aos esforços dos seres humanos qualquer que seja a maneira como os mortais decidirem venerá-lo – contanto que as preces sejam sinceras”

“Se me deixassem comer o pão deste lugar
Servido em um leito de ninhos de pássaros
Eu comeria só metade do prato
E depois passaria a noite inteira dormindo no resto”

“O descontentamento humano é um simples caso de identidade equivocada”

“Os ingredientes tanto da escuridão quanto da luz estão igualmente presentes em todos nós; cabe ao individuo decidir o que irá prevalecer – as virtudes ou a malevolência”

“Já chega querida, venha para minha cama agora. E eu fui”

22 de ago. de 2010

Hoje bateu saudade dos velhos tempos.
Das alegrias, dos sorrisos e da felicidade nada contida.
Se hoje o que me resta é lembrar, faço isso com bom juizo de menina.
Olhos melancólicos falam por mim.

19 de ago. de 2010

15 de ago. de 2010

Fuga!


Sabe o que é? Ando cansada de muitas coisas. De pessoas, atitudes, lugares e de alguns dias da semana também. Antes, minha briga era com o relógio, que corria tão depressa. Hoje falo sobre os dias que vão embora a passos de tartaruga.
Estar aqui é muito bom, mas um dia cansa! Cansa estar sentada todos os dias da semana na mesma cadeira. Cansa ouvir a mesma música sempre que penso em alguém. Cansa vestir as mesmas roupas. Cansa entrar no orkut e no twitter.   Cansa ver a cara de pau de uns e a arrogância de outros. Cansa ser simpática. 
 Aí eu preciso ouvir que só tenho 22 anos e muita coisa pra viver. Tá bom, já sei! Mas se eu quiser viver tudo agora? E se não estiver satisfeita com o vai e vem dessa vida? E se de repente eu fizer uma loucura, dessas que a gente só se arrepende anos mais tarde? Alguém me impede? [Mãe??]
 Acho que não teria tanta coragem quanto afirmo ter. Na verdade essa é uma das minhas maiores contradições. Digo ser a pessoa mais forte do mundo, bato no peito e grito bem alto. Mas aí vêm os encontros, as despedidas e todas essas situações que me engolem num mundinho tão pequeno.
Uma vez você disse que eu era corajosa demais e não sabia como eu agüentava tudo isso. Mas na verdade, o forte era você, por me ouvir todos os dias e agüentar esse coração maluco.

Tenho todos os medos possíveis, mas também tenho toda a felicidade, guardada para os poucos e bons.

10 de ago. de 2010

Gostar de alguém é função do coração, mas esquecer, não. É tarefa da nossa cabecinha, que aliás é nossa em termos: tem alguma coisa lá dentro que age por conta própria, sem dar satisfação. Quem dera um esforço de conscientização resolvesse o assunto (...)

Marta Medeiros

8 de ago. de 2010

Uma vez, após muito insistirem as amigas e a manicure, resolvi abrir mão da francesinha e pintar as unhas dos pés de vermelho paixão. Minha manicure avisou que eu demoraria um pouco a me acostumar com a nova cor - já que nos últimos dez anos eu só pintava com cores claras - mas que logo eu acharia linda e jamais trocaria de esmalte.Passado o primeiro dia eu ainda estava crente que aquele não era um bom negócio.
Esperei a previsão da manicure, e nada.
Um, dois, três dias e a cada vez que olhava meus dedinhos acreditava estar vendo o caos! Comecei a usar somente calçado fechado até o próximo encontro para a troca de esmalte. Uma semana! Fim da linha! Não dá, não agüento. Acho feio, estranho e com aspecto de sujo um pé com as unhas pintadas de vermelho. – Esquece Rose! ‘Táca’ o francesinha mesmo!

A situação do esmalte vai na direção da minha doce e confusa rotina.
Resolvi ser a cor vermelha por alguns dias para ver se me adaptava a uma nova forma de ver a vida.
De repente, pensei, era hora de mudar!
Passaram-se os dias e eu continuava como o cachorro que caiu do caminhão de mudança. Onde eu estava e como tinha ido parar ali? Me sentia estranha, diferente, e não era para menos. Aquela NÃO ERA EU.
Depois de muito pensar sobre este mundo cheio de cores, alegrias, angustias pessoas e perguntas, descobri que nem toda a mudança é positiva ou vem para o nosso bem. Às vezes não é a hora ou talvez esta mudança nunca aconteça pelo simples fato de não precisar acontecer. E caso um dia ela precise aparecer, tenho a certeza de que chegará calmamente, como num aconchego de abraço apertado. 

E hoje meus amores, eu nasci francesinha!

29 de jul. de 2010

Carta para Edgar

Quase dez anos se passaram e a saudade não mudou um milímetro sequer. Apesar de te contar meus segredos todas as noites, precisava te escrever e contar em detalhes como anda o mundo aqui em baixo. É difícil descrever como as coisas mudaram, como as crianças cresceram e as cores já não são as mesmas. Mas o bom é saber que depois de um desabafo cheio de frases, meu coração canta melhor.
Os dias têm sido bem corridos, pai. O relógio parece que funciona acelerado, e os meses então, eles passam num piscar de olhos. Pois veja, já estamos no final de julho e daí para o Natal é um pulo! Hoje mesmo cantarolei uma canção de natal pra mãe e ela me olhou com aquela cara de: “O natal ta longe filha!”
Talvez ela não tenha percebido que o tempo passou. Ou de repente só perceba quando alguma amiga dela nos encontra na rua e comenta sobre “como as meninas cresceram”. E crescemos mesmo viu. A Thayná por sinal está maior e mais bonita. É linda e amada por todos. Eu você sabe, continuo a mesma. Mudei pouco da foto da carteira de identidade, que fomos juntos tirar, lembra? A mãe é a mesma de dez ou vinte anos.
Pra mim, ela será sempre a mãe coruja linda e zelosa de coração maior que o mundo.
Mas bem, falando em cotidiano, a vida está interessante. Apesar de levar sustos diariamente, estou ganhando experiência nessa tal vida jornalística que escolhi. Esse aprendizado serviu para que eu controlasse melhor meus sentimentos. Tenho administrado bem minha ansiedade. Consigo respirar e contar até dez e também aprendi a sorrir para o inimigo. Ainda levo a vida bem a sério e acho difícil mudar. Sou capricorniana, geniosa, irredutível. Hoje, estou mais aprendendo do que ensinando alguma coisa. Até porque, resolvi parar de dar conselhos. Não dou e pouco peço. Tenho tratado a vida amorosa com meu simples coração. Já me machuquei tanto pai. Resolvi dar um tempo aos amores impossíveis e as paixões avassaladoras. Estamos respirando (coração e eu). Enquanto isso estou com a cabeça cheia de planos. Fico aqui, lendo bons livros, assistindo filmes e ouvindo diariamente minhas musicas preferidas. Sim pai, ouço sempre Chico Buarque e Belchior. Não há nada que mais me lembre você do que aquela música ‘Tudo outra vez’. É bonita demais não é? Descobri que Belchior me acalma e deve ser exatamente por isso, por me deixar mais próxima de você.
Ah pai, descobri um gosto enorme pela música. Não consigo passar um dia sem ouvir qualquer coisa que seja. Hoje ela é parte da minha vida, como um dia foi da sua. E tem gente que ainda não acredita em genética.
E bem, tenho ainda muitas coisas pra contar! Quero falar do último amor que não deu certo, do meu coração ferido e das crises emocionais. A insegurança bate constantemente a porta. Mas mesmo com tudo isso, muita coisa boa tem acontecido. 
Tenho acordado mais calma e sinto como se a cada manhã o sol me chamasse para a vida! Sinto como se você estivesse aqui, me abraçando e dizendo: Vá minha filha!
E eu vou pai! Vou para o mundo de cabeça erguida e olhos bem abertos!

Obrigada. Obrigada por tudo!
Um beijo doce daqueles roubados na bochecha.

Thays

27 de jul. de 2010

Um menino. A música. O sonho.
Uma viagem. Um dia. Um mês.
Dois lados. Dois mundos. Duas vidas. 
Alegria. Tristeza. Sem fim

24 de jul. de 2010

Hoje!

Hoje o tempo fala por mim. Deixei ele correr sem me preocupar com as duvidas e as rugas do meu rosto cansado. E quando mesmo elas aparecem? Quando será que acharei as respostas para tantas perguntas? Quando, por um só dia, deixarei de pensar no amanhã?
Hoje! Hoje mesmo!
Entreguei os pontos. 
Desmontei a armadura e estou pronta para o combate.
De cara limpa e sorriso aberto. 


"Da luta não me retiro
Me atiro do alto e que me atirem no peito
Da luta não me retiro"
Fernando Anitelli

20 de jul. de 2010


Preciso de uma garrafa de vinho, algumas almofadas no chão quente da sala, bons papos e bons amigos reunidos. Preciso contemplar às 24 horas do dia que insiste em desafiar minha paciência. Preciso de um aconchego, de conselhos, de alguém que não me desanime e continue vibrando no “Vamos cair no mundo”. Preciso ouvir músicas por horas seguidas, ler bons livros, arrumar minhas pastas e o mundaréu de papéis nas minhas gavetas.
Mas hoje, eu só preciso de você.

14 de jul. de 2010

Obrigada!

Fiz as pazes com minha alma. Fechei os olhos quando senti medo e ao contrário de ganhar um abraço, ganhei palavras. Doces e sábias palavras que precisavam surgir para mexer com todos meus sentimentos confusos. Abri os olhos. Abri a porta do meu novo amanhã. Busquei a flor mais linda e a nuvem mais azul vista da janela de casa. Olhei pra mim e percebi o que me faltava. Me encontrei. Encontrei você. Por que eu realmente precisava de um incentivo. E como se não bastasse, ele veio acompanhado de um carinho tão gostoso que me fez passar horas com um sorriso bobo. Hoje, eu não preciso de mais nada. Estou construindo uma vida, que bela ou não, é a minha vida. Estou aprendendo, quero aprender e comecei superando meus limites. O desafio de hoje é seguir essa estradinha de pedra, erguer a cabeça e desejar que amanhã o sol nasça ainda mais bonito.

Pode sorrir Thays!

"Quando o coração sente o que a razão desconhece, 
entenda que não existe tempo para o amor. 
Feche os olhos e sinta!"
Tainá Facó

12 de jul. de 2010

Um novo amanhã


Minha única certeza é a dúvida. Essa dúvida que me consome todos os dias. 
Esse mistério que ronda meus sonhos, que me deixa triste, que faz a vida parecer tão difícil. Nunca achei que fosse fácil (ninguém falou que seria), mas também  não entendia quando alguém falava em dificuldade. Mesmo assim, nunca desisti sem antes tentar. Nunca precisei voltar atrás, nunca falhei com minhas vontades. Simplesmente porque sempre agi com a mente e o coração tranquilos. Se hoje a dúvida me consome, deve ser para que eu aprenda alguma coisa e tire proveito disso. Sentir, eu já sinto. Preciso agora aprender a enfrentar as novas dificuldades e buscar um novo dia. Um novo amanhã.




Um dia difícil é só um dia difícil.

11 de jul. de 2010

eu me perco nesse teu sorriso cheio de sonhos.

10 de jul. de 2010


E se ao invés de tocar a sua campainha na madrugada, eu preferisse o aconchego do meu travesseiro? E se ao invés de almoçar todos os dias com você eu preferisse estar sozinha? E se todos os meus planos contigo fossem colocados dentro de uma caixinha velha e guardados na última gaveta do guarda roupa? E se as nossas fotos não tivessem mais tantos significados e o teu perfume não me agradasse mais? E se, num instante qualquer eu percebesse não sentir mais ciúmes? Ainda assim, você me amaria?

5 de jul. de 2010

"Te desejo uma fé enorme, em qualquer coisa, não importa o quê, como aquela fé que a gente teve um dia, me deseja também uma coisa bem bonita, uma coisa qualquer maravilhosa, que me faça acreditar em tudo de novo, que nos faça acreditar em tudo outra vez"

Caio Fernando Abreu

30 de jun. de 2010

Tô inventando uma maneira de não pensar tanto em você.
Eu não preciso né?
Não! Preciso sim. Preciso diariamente, o tempo todo.
Sabe aqueles sintomas de saudade que começam a tomar conta?
Pois é, eles bateram na minha porta.
É praticamente um vício, como o café.
Eu preciso dele pra me sustentar.
Preciso dele para alegrar meu dia e satisfazer minha ansiedade.
E eu? Bem, eu fico tentando tapar o sol com a peneira, tentando ficar mais bonita, tentando não gritar enloquecidamente de felicidade.
Aaaiiiii meu deus! Estou triste, mas estou feliz, tão feliz que nem quero mais escrever.

Tchau!

23 de jun. de 2010

A vida não é filme


Queria uma passagem só de ida, com direito a acompanhte(s), e uma bagagem recheada de boas experiências. Queria partir sem olhar para trás, sem nunca me arrepender, sem pensar demais. Infelizmente [ou felizmente] Deus me fez capricorniana e geniosa, daquelas que dá não ponto sem nó.

Prefiro pensar, pensar, chorar, chorar, até então resolver. Resolver se fico aqui ou mudo de cidade, se largo o emprego e vou escrever histórias, se viajo ou compro um notebook, se te ligo ou espero sua volta, se rezo em casa ou vou a igreja, se faço pós ou estudo para o mestrado, se te largo de vez ou volte atrás. Se isso, se aquilo (e blá blá blá). Chega dessa ansiedade maluca que me consome em cada centímetro.

Eu queria ter a coragem do meu amigo, a força do meu pai, o realismo da minha mãe. Queria não ter medo, não sofrer, não chorar [tanto]. Queria ter um colo também, alguém com quem eu pudesse sentar e conversar. Alguém para desenrolar estes 256 nós que estão entalados na minha garganta. Parei de questionar a Deus. Hoje eu só agradeço, ao dormir e acordar. 

Preciso gritar, entende? Acordar os vizinhos. Mandar as pessoas ‘non gratas’ ao raio que o parta. Dizer eu te amo pra minha paixão, enlouquecer de tanto dançar, ouvir música bem alto, e quem sabe, ter certeza do meu rumo.

Como disse uma amiga, a vida não é um filme. E eu sei disso.
Mas prefiro pensar que um dia ela vai ser mole, que nem maria mole.

18 de jun. de 2010


Por que você faz isso? Deixa os dias correrem só para ver chegar o Natal? Passa correndo para pegar o primeiro ônibus? Desliza na linha para ver nascerem os fios brancos no cabelo? Coloca e tira pessoas da nossa vida só para entender a saudade? Porquê tempo? Porquê você faz isso?
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Não, hoje eu não estou para brincadeiras. O papo é sério. Você está correndo com meus dias, meses e anos. Tem me feito envelhecer além do esperado. Além do mais, meus dias não são mais tão felizes quanto eram antes. O que está acontecendo? 
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Quando percebo, mais um dia se foi, e cá estou com minha caixinha de sonhos nas mãos.
E ainda que não consiga realizá-los nesta vida, deixarei guardados para que um dia, alguém os aproveite. Dentro dela estão mais que sonhos. Estão projetos, pedidos, desejos. Sinceramente, não pedi demais. Somente o mais importante: a felicidade. O detalhe é que ela desabrocha e se espalha no ar com cheirinho de frutas vermelhas. 
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Dela, eu posso tirar bom proveito se o Senhor Tempo me permitir. 
Então pensa bem vai e deixa os minutos falarem por si.
"Nossa maior tragédia é não saber o que fazer com a vida."

José Saramago

16 de jun. de 2010

"saudade de coisas que nunca vivi...é o que mais sinto".

a verdade é que estamos vendo o tempo passar. dias. meses. anos.
meu sentimento é este, sem tirar nem pôr. saudade. de tudo que é bom. tudo que não foi vivido. tudo que a imaginação me permite sonhar. tudo o que a fantasia deseja.

hoje estou com ela, a saudade que bateu e ficou.

13 de jun. de 2010

Deixa pra amanhã


Era mais um sábado qualquer, não fosse a data que o cercava. Era dia dos Namorados. Pois bem, nada ali mudaria sua rotina. Era dia de acordar, lavar bem o rosto, escovar os dentes, passar perfume e ir trabalhar. Em meio a muitas conversas no ambiente, o que restava era a concentração. Cadê a pauta que não vem? Depois de muito revirar as anotações na agenda, eis que surge algum assunto para escrever. Entrevistou, escreveu a matéria, passou para a diagramação e foi embora. Enquanto andava pelas ruas, notava que especialmente naquele sábado, o amor estava no ar. ‘Mas que diabos as pessoas descobrem que estão apaixonadas só no dia 12 de junho?’. Mas boba, não era nada disso. Eles (os casais), sempre estiveram. É que neste dia, a inspiração bate a porta. Ela, que pouco ligava para a tal data, resolveu sair às compras. Cinco lojas, três presentes, volta para a casa, tic-tac do relógio, filmes românticos ou copa do mundo? Copa do mundo. E lá se vão alguns pensamentos. Oito horas, família reunida. Hora de arrumar a produção para o aniversário do amigo. [Porque amigos fazem aniversário no dia dos namorados?]. Festa do amigo, volta para a casa. Até agora nenhum problema. Liga para os outros amigos. Era a noite dos solteiros. Vamoooos sair?Não, ninguém vai.
Coloca o pijama, liga a tv e assiste Cidade dos Anjos. Ah não, filme chato! Parte para o livro. Não de novo. Algo já estava incomodando. ERA O DIA. Meleca de dia. Então, quase que sem querer, surgem as lembranças, voltam as recordações, os dias, os meses, os anos. A felicidade, a tristeza, os carinhos, as brigas, as promessas e desculpas. Então decide: É hora de dormir. Sim, hora de apagar. Desliga a tv. Deita a cabeça no travesseiro.  Resolve deixar todos aqueles pensamentos pro dia 13. E vai, deixa pra amanhã vai.