27 de mai. de 2011

O batom vermelho!

E quando o dia dos namorados se aproxima tudo em mim me “faz relembrar”...Ta bom é mentira. Nada de musiquinha romântica essa hora, quero apenas utilizar meu blog para mais um desabafo nada comovente. Porque será que este dia faz tão mal aos solteiros? E me desculpe o solteiro que se afirma o “bonzão” ou a “gostosona”, mas no meu ponto de vista, o dia dos namorados DÓI para todos os que estão sozinhos.

Então a gente sofre e olha no calendário desejando que o 12 de junho caia realmente num domingo... assim quem sabe a dor diminui...Você não precisa ver todas as mulheres do trabalho recebendo flores, bonbons, indo jantar fora, fazendo planos de uma noite mega romântica. O fato é que tenho inveja sim, BRANCA, mas tenho. E talvez nem a branca seja boa né?

Aí eu me pergunto: O que fazer nessa situação? Me jogar que nem doida numa dessas festas dos solteiros ou fingir que o negócio não é comigo? Acho que prefiro a segunda opção, mesmo porque – apesar da aparência – não sou tão louca quanto imaginam.

Na busca em atrair um namorado bonitão, comprei até um batom vermelho, daqueles lindooos que deixam a boca com cor de cereja, mas é claro que a doida-santa aqui não conseguiu botar o pé pra fora de casa com ele. E olha que as tentativas não foram poucas. Já passei mais dez vezes, e quando chega a hora, pego um guardanapo e tiro tudo. Não sei, mas tenho a sensação de que quando passo o batom, uma faixa escrita “me dêem atenção” aparece grudada na minha testa. Não, definitivamente eu não preciso de um batom vermelho pra arrumar namorado. [Ou preciso? Haha]

Como diz minha mãe e todas as amigas namoradeiras, “uma hora ele chega”. Basta saber quando, porque até lá, acho que devo manter os testes com o batom...

Ah sim, mesmo que de mentirinha, aceito presentes no dia 12. Obrigada!




24 de mai. de 2011

Até outro dia éramos adolescentes bobos cujo as preocupações limitavam-se ao trabalho de conclusão de curso e a escolha da música da formatura. E como era bom o tempo em que tudo podia ser resolvido no bar da esquina da faculdade. - Seu Zé, me vê mais uma pra curar a dor de amor da minha amiga aqui. -Seu Zé, hoje não temos nem pro pastel, tem como pendurar?
Talvez hoje eu perguntasse ao seu Zé: - E agora? faz como?

E toda aquela história de grandes profissionais do futuro, de salvar a humanidade, de sermos exemplos para os nossos filhos? E todos aqueles sonhos de passar no melhor concurso, de fazer mestrado fora do país, de falar cinco ou até seis idiomas, de ganhar uma boa grana e ajudar a família toda? Onde eles estão agora?

Entramos para o mercado de trabalho, fizemos nossas escolhas, corremos atrás do que era possível e descobrimos os dois lados da coisa. E o restante? Bem, o restante ficou ali, guardado junto com aqueles sonhos de adolescentes.

E quando penso que estou neste barco sozinha, sento com dois amigos para jantar - agora na cozinha da minha casa - e o que escuto são desabafos. Não de pessoas infelizes, mas de amigos cansados da situação. E infelizmente nãopodemos mudar o mundo, podemos apenas MUDAR.
Mudar a nossa relação, o movimento, os caminhos...
Como eu queria ser a Elizabeth Gilbert esta hora. Fazer as malas e correr o mundo. Voar pra bem longe, organizar meus pensamentos, meditar, correr, me apaixonar sem medo.
Mas hoje o que eu e eles estamos fazendo é esperar.
Esperar o momento certo, que talvez não chegue tão cedo.

21 de mai. de 2011

amar é formidável!

amar é massa, amar é natural, amar é dizer tudo só no olhar, amar é pular e cair de pé, amar é ter travesseiro do "amar é...", amar é cuidar, amar é acordar e ver você dormir, amar é viver a vida, amar é acordar de manhã cedo pra fazer a vitamina de banana, amar é sorrir no bom-dia, amar é sentir saudade mesmo estando juntinho, amar é juntar tudo em dois corações, amar é bala, amar é dar carinho antes de dormir, amar é tratar bem, amar é apertar, amar é acender o fogo da paixão e curtir a brasa do amor, amar é lindo e faz bem, amar é viver feliz, amar é mais musical, amar é uma delícia, amar é tudo, amar é normal.

formidável família musical

11 de mai. de 2011

Eu entro nesse barco, é só me pedir.
Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou.
Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes.
Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia.
Mas você tem que remar também.
E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir.
Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia.
Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo.
Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir.
Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto.
Eu te ensino a nadar, juro!
Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças!
Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser à toa, que vale a pena.
Que por você vale a pena.
Que por nós vale a pena.
Remar.Re-amar.
Amar.

(Caio F. de Abreu)

10 de mai. de 2011

Não mostre os dentes

Essa foi a dica que recebi de um colega sobre “como tratar pessoas inconvenientes”.

Não sei por que, mas de uns tempos pra cá tenho tido o desprazer de encontrar pessoas assim pelo caminho.Dia desses, estava tomando café da manhã com a minha avó quando chegou um agente da dengue para fazer a inspeção na casa. Abrimos o portão, mostramos o quintal e ele foi ao trabalho. Passados cinco minutos, o sujeito aparece na porta da cozinha dizendo que o jardim estava bem cuidado e não havia focos do mosquito. Até aí tudo bem. Não fosse minha avó – por pura educação – oferecer um café para a pessoa, que sentiu-se íntima da família, puxou uma cadeira e começou a contar as histórias da vida. O cidadão falou dos trabalhos que teve, das experiências boas e ruins, da família que morava em Minas Gerais e atenção: disse até que queria comprar uma calça legging (como a que eu estava usando) para a mulher dele. Sem entender direito tudo aquilo, olhei para o tal agente [depois de uns 15 minutos de falação] e disse que tínhamos compromisso. Ele, sem parar de falar, agradeceu o café e foi embora.

Neste instante já me preocupei. Conversei com a minha avó a respeito do tal funcionário da Prefeitura e pensei: das duas uma: Ou o barnabé gosta de matar serviço ou está se prevalecendo do trabalho para armar o bote. Minha avó já o entendeu como um mineiro tagarela. Mas pra mim isso tem outro nome.

Não, não sou paranóica, mas nos dias de hoje desconfio até da sombra.

O que acontece é que muitas dessas pessoas tem esbarrado comigo e por educação de berço não consigo ser grosseira a ponto de fazê-las cair na real. Mas então vem as perguntas: Não seria a hora de inventarem o manual de boas práticas ou algo bem simples com o titulo "COMO NÃO SER INCONVENIENTE”?

Melhor: Para ser eficiente o ideal é que se ligue o "sitocômetro". Aquele aparelinho que todo mundo guarda na última gaveta do cérebro. Quem sabe assim, os meus e os seus dias querido leitor tornem-se melhores e mais felizes!

8 de mai. de 2011

my first love

Tinha onze anos quando me apaixonei pela primeira vez. Estava na sexta e ele na sétima série da escola. Éramos duas crianças que pegavam nas mãos, trocavam selinhos e passavam horas no telefone. (- Desliga você. - Não, desliga você!).
Passamos pouco mais de um ano como namorados assumidos, mas o primeiro beijo? Ah, esse demorou pra acontecer. Nossos amigos já sabiam que namorávamos, mas nunca tinhamos trocado um beijo de verdade.
Pra mim, o beijo no rosto já era sinal de amor, de respeito. Pra mim, pegar na mão dele já significava tudo. Mas ele não. Como todo bom menino de 13 anos, ele já queria beijar, contar para os amigos. Um dia, fui convidada pra ir ao aniversário da irmã mais nova dele. Já tinha até desconfiado das intenções. Com certeza meu namorado estava planejando me beijar naquele dia. Dito e feito. Em um determinado momento na sala da casa dele, todos os amigos abandonaram o local - ou melhor, arranjaram um esconderijo para espiar nosso primeiro beijo. Pensando como uma menina de onze anos que mal tinha conversado com as amigas sobre o tema em questão, fui logo me afastando e ligando pra minha mãe! Ela me salvou. Mas não por muito tempo.

Fiz doze anos e ele quatorze. Já não tinha mais certeza se era a única na vida dele, mas continuava a receber cartinhas de amor e cartões em datas especiais. Um dia qualquer, ele me convidou para jogar tenis em um clube. Sabia que aquele era o momento. Não tinha mais como escapar. Naquela dia, passei horas na frente do espelho. Queria realmente estar bonita para aquele que era o menino mais lindo e querido da escola. Fui ao clube, não para jogar, apenas para beijá-lo. A essa altura, ja estava decidida. Ou beijava, ou perdia o namorado.

Minutos depois do final do jogo, ele veio ao meu encontro no banco que dava para a frente da quadra. Sem pensar, nos olhamos, e nos beijamos e beijamos e beijamos...
Nada foi mais bonito que aquele momento. Aquele único momento.
Quando paramos de nos beijar, pareciamos dois desconhecidos. Não sabiamos como reagir, como falar... ou não falar. Por um longo tempo, ficamos mudos, olhando pro nada. Éramos dois estranhos vivendo um dia estranho.

Em segundos, meu primo surgiu me chamando para ir embora. Levantei do banco, olhei nos olhos dele e disse adeus. Era realmente nosso primeiro e único beijo. Ele sabia que depois daquele dia,não seriamos mais namorados. Não havia qualquer problema no beijo, o que houve foi a interrupção de um tempo sagrado. Eramos duas crianças. Tinhamos muito o que aproveitar antes de nos tornarmos adolescentes. O beijo tinha sido maravilhoso, mas o nosso amor era muito melhor. O beijo no rosto, o toque das mãos, o perfume e aqueles olhos verdes me olhando eram para as melhores coisas do mundo. E tudo, tudo ficou para tras da noite para o dia.

Depois dele, eu aprendi o que minha mãe sempre disse sobre o tempo: Adiantar a ordem natural dos encontros pode não ser a melhor escolha. Naquele dia não foi.
E sempre que eu penso em correr, páro e lembro dele.
Do meu primeiro amor, que foi intensamente lindo e rapidamente desperdiçado.