30 de jan. de 2010

Pratas da casa conquistam pick-ups do Pais



Dj’s iguaçuenses levam suas próprias produções as maiores festas do Brasil e ganham destaque no cenário nacional

Falar sobre a atual cena eletrônica em Foz do Iguaçu é falar de grandes artistas que estão levando o nome da cidade as maiores e melhores casas noturnas do país. Dois grandes exemplos deste sucesso são Bruno Barudi, 23, e Carlos Felten, 28, que encontraram na música a verdadeira vocação.
Ao levarem o estilo electro-house as festas na cidade, os dj´s – que também são grandes amigos - ganharam a atenção do público e hoje são destaques em diversas cidades do país.
“Comecei a mexer e me informar a respeito há uns oito anos. Depois, escutava na rádio, assistia vídeos, freqüentava festas e automaticamente criei a vontade de também tocar”, explicou Bruno Barudi. Segundo ele, que trabalha com suas próprias produções, para adquirir a técnica e o domínio das pick-ups foram necessários anos de pesquisa e ensaios. “Tudo que sei aprendi pesquisando na internet, conversando com amigos que já tocavam. Para quem realmente quer seguir essa profissão é preciso correr atrás”, ressalta.
Para Carlos Felten, o sucesso alcançado é conseqüência de muito empenho, força de vontade e dedicação profissional. “Eu comecei a ‘arranhar’ um pouco em 2005, brincando com amigos que já tocavam. Com o passar do tempo fui pegando gosto e me dedicando mais. Logo fui conhecendo pessoas, fazendo amizades, até ser convidado a tocar pela região em 2006. Com o passar do tempo foram surgindo oportunidades fora do estado, como no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina”, comentou.
Assim como Bruno, Felten também acredita na dedicação como resultado do sucesso. “Hoje existem muitos cursos pata dj, mas eu especialmente fui aprendendo com amigos e descobrindo através de muitas pesquisas. Não basta apenas um curso de dj ou de produção, tem que buscar muito mais. Nas próprias festas que tocamos sempre aprendemos algo junto ao público”.
Ligados atualmente ao estilo electro-house, os dj’s explicaram que o som também segue uma tendência. “O electro house é hoje um estilo muito dançante, que pode seguir a linha comercial e também underground, ou seja, um som um pouco mais pesado” explicou Felten. Segundo ele, este é um dos estilos que agradam não apenas os admiradores da música eletrônica, mas o público em geral.
Profissional
Barudi ressaltou que para ser um bom dj, o profissional deve estar em constante mudança e aberto a novas idéias. “Eu gosto de todos os estilos, não só da música eletrônica, mas do pop/rock, da bossa nova. Caso o dj não se abra para novos estilos, ele fecha a cabeça e automaticamente o trabalho não será o mesmo. O essencial é estar sempre mudando. Hoje faço o electro porque gosto e me identifico, mas amanhã posso estar fazendo outras coisas!”, declarou.
Sucesso
A carreira de Bruno Barudi deu um grande salto no ano passado, após se apresentar em grandes capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Florianópolis, Curitiba e Porto Alegre. Para o segundo semestre deste ano, estão sendo acertadas viagens internacionais para o dj. “Meus planos são de continuar tocando e estudando, abrir minha própria produtora e investir de todas as formas possíveis”, revelou. Felten, que é agenciado na mesma produtora de Bruno, em São Paulo, revela que o mercado eletrônico está em expansão. Melhor que isso, os bons artistas estão sendo reconhecidos nacional e internacionalmente. “Tenho muito que agradecer, porque meu nome está aparecendo bastante na cena nacional e a procura na agência para fechar as festas tem aumentado bastante”.
Entre festas e produções, os dj´s tiram um tempo para postar as novas músicas e exibir a agenda através dos sites www.myspace.com/feltenlive e www.myspace.com/brunobarudi.
Os interessados também podem procurar pelo nome dos artistas no Youtube.

26 de jan. de 2010

POEMA DA NECESSIDADE

É preciso casar João,
é preciso suportar, Antônio,
é preciso odiar Melquíades
é preciso substituir nós todos.

É preciso salvar o país,
é preciso crer em Deus,
é preciso pagar as dívidas,
é preciso comprar um rádio,
é preciso esquecer fulana.

É preciso estudar volapuque,
é preciso estar sempre bêbado,
é preciso ler Baudelaire,
é preciso colher as flores
de que rezam velhos autores.

É preciso viver com os homens
é preciso não assassiná-los,
é preciso ter mãos pálidas
e anunciar O FIM DO MUNDO.

Carlos Drummond de Andrade

22 de jan. de 2010

O burro, no auge de sua magnitude, olha para a vaca e diz:
- eu odeio gente feia!
E a vaca, no grau de força na peruca, olha para o nariz do burro e responde:
- é mesmo? E eu não suporto gente burra!

17 de jan. de 2010

Do lado esquerdo


Foi deitar impaciente. Rolava de um lado para o outro da cama tentando achar a melhor posição. Os pés quentinhos do inverno passado não estavam mais lá, e já fazia algum tempo. Embora ela estivesse acostumada a passar os domingos sozinha, aquele em especial a fez pensar.
Deitou na cama e refletiu sobre os últimos anos de sua amarga vida-doce-solitária e seu discurso de ‘super felizes para sempre’. O certo é que ela estava sozinha em seu apartamento no meio da madrugada e com uma xícara de café nas mãos. Os pensamentos vinham a tona e não a deixavam dormir.
O sentimento era de espera. Mas esperar a quem? Ela tinha a pura certeza de que ele não viria mais. Não mais. O problema era a esperança, aquela chata esperança de sempre acreditar no amanhã, no possível, na bizarrice de um amor.
Amor compreendido apenas por ela. Amor este que a fez perder os melhores anos de sua vida. Então, para se auto-sustentar, repetia constantemente que a saudade era apenas um puro prazer sexual e nada além disso. Mentia para os outros. Mentia para si. Para quê tantas desculpas? pensava.
Naquele momento, era apenas ela e um céu brilhante cheio de estrelas. Ela cantava para o céu, rezava para um ser superior. Pedia para que as semanas fossem boas, e os meses melhores ainda. Insistia em querer entender a humanidade. A burra humanidade.
Estava ali, deitada, triste, sozinha, sem saber do amanhã.
Queria que ele batesse a porta e desse uma desculpa qualquer para vê-la. Esperava algo sutil que a convencesse daquela paixão. No entanto, agradecia por ele não ter aparecido e nem ligado. Sabia que não era forte o suficiente para rejeitar um pedido. O amargo pedido.
Balançou a cabeça, sorriu e deitou do lado esquerdo. Apagou as luz do abajur e foi dormir.
Acordou na segunda-feira, passava das oito horas. Ela estava atrasada para o trabalho.

15 de jan. de 2010

O amor verdadeiro
É quando a alma fala mais alto
E o coração apenas obedece

O amor para ser completo
Precisa ser sincero, inteligente, passivo

Para ser fiel
Precisa começar de dentro pra fora
Sem medidas ou proporções

O amor, aquele completo
Precisa ser bom do começo ao fim
Sem pontos nem vírgulas
Sem acentos ou crases
Ele é livre, solto e leve, como o vento

O amor, ele sim é digno de méritos
Porque nada se faz sem ele
E o que se faz, não ganha espaço

O amor é o ponto de partida
A imensidão é o destino

13 de jan. de 2010

Férias


Se a professora da escola da Edinaê e da Natália (minhas primas) pedisse a redação sobre as férias de final de ano, certamente elas escreveriam a respeito das aulas de surf que tiveram durante uma semana e sobre a experiência maravilhosa de nadar em alto mar – lugar proibido pelos pais. Já eu, se tivesse que escrever, não saberia encontrar um ponto específico dessas minhas férias.
Em resumo, diria que alcancei o objetivo; descansar.

Descansei o corpo, a alma e o coração. Só não descansei os olhos, porque as maravilhosas paisagens de Santa Catarina não deram sossego. Entra ano, sai ano, e eu não consigo me enjoar daquele estado, tão lindo.

Foram dez dias de puro prazer, dez dias de sol, mar, brisa e dias de chuva também.
Dias especiais em que pude observar a pureza e sinceridade das crianças, a garra dos adultos e o sossego da velhinha na janela...
Cada um com seu tipo de vida.
Cada um com seu tipo de sonho.

Nesta viagem, não só convivi com pessoas maravilhosas, como pude descobrir novos valores... novas formas de ver a vida, um novo horizonte.

Não adianta, todo mundo precisa viajar e conhecer o mundo, descobrir lugares e pessoas. Não existe para mim coisa melhor do que isso.

De qualquer forma, é sempre bom voltar pra casa e sentir o cheiro do travesseiro.
Já estava com saudade da terrinha.

E hoje, minha música é essa: “Tocando em Frente” – Almir Sater
(...)
Todo mundo ama um dia todo mundo chora,
Um dia a gente chega, no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
E ser feliz...