19 de ago. de 2008

A Imortalidade da Fotografia

Em comemoração ao Dia Internacional da Fotografia,
profissionais falam sobre os sentidos e a representatividade da imagem

Thays Petters

"Fotografar é captar o momento decisivo", já dizia um dos mais importantes fotógrafos do século XX, Henri Cartier Bresson. Mesmo com as novas formas de exibição de imagem, a fotografia continua sendo a única capaz de captar a alma humana. Mais do que um simples registro, ela imprime a marca de um momento que jamais voltará acontecer.
Atualmente representada através de câmeras de última geração, digitais ou mesmo aparelhos celulares, a imagem tornou-se essencial no cotidiano das pessoas. Anunciada oficialmente em Paris, no dia 19 de agosto de 1839, a fotografia é hoje a representação perfeita da realidade.
Para o fotógrafo e estudante de publicidade, Rodrigo Chibiaqui, a fotografia é uma janela para o mundo real. “A fotografia, assim como a poesia, a pintura, a música e as outras formas de arte são uma tentativa de mostrar para as pessoas o mundo como você vê, ou como você gostaria de ver. Uma boa foto é muito mais do que papel com química, ou ainda bits e luzes digitalizadas, geralmente é carregada de críticas, emoções e sentimentos”.
Chibiaqui começou a fotografar para registrar o trabalho da mãe, que é pintora, em seguida, aprimorou o conhecimento em técnicas comerciais, para trabalhos publicitários, mesmo assim, ele garante que o conceito da fotografia vai além; “Efetivamente, tiro foto porque gosto de entender como as coisas funcionam, e a câmara fotográfica é um infinito de descobertas físicas e tecnológicas. A história fotográfica é incrível, o estudo da luz, de composições, de técnicas, quanto mais me aprofundo, mais me apaixono. Somado a tudo isso, a fotografia me possibilita passar mensagens que não conseguiria passar com palavras”.
Já para Andress Riberto, também estudante de publicidade e atualmente fotógrafo de eventos, a fotografia é uma arte que exige muita responsabilidade.
Para o acadêmico que trabalha principalmente com álbuns de casamento, “além de eternizar o momento, a foto deve transmitir a individualidade e as expressões”. O gosto pela imagem surgiu logo no início da faculdade, quando teve acesso a aulas teóricas e aos equipamentos profissionais; “Gosto da parte teórica da fotografia. Estou sempre estudando sobre outros fotógrafos, que fazem ou fizeram história”. O trabalho do jovem fotógrafo, que destaca o passo-a-passo de uma cerimônia, está embasado no que ele descreve como “diferencial”. “É grande o desafio de quem está atrás das lentes, mas através do estudo, das observações e da prática, é possível entender o verdadeiro sentido da fotografia”, concluiu.

FotoClube

Para comemorar o Dia Internacional da Fotografia e reunir os apaixonados pela arte visual, o médico Hélio Avelar organiza um encontro para o próximo sábado, onde pretende criar o Fotoclube de Foz do Iguaçu. Como explicou o especialista – que se diz amante da fotografia – a intenção é montar um clube, como já existe em Londrina e Curitiba, apoiado pela Confederação Brasileira de Fotografia, onde profissionais, estudantes e amadores podem discutir, trocar experiências, e realizar atividades, como cursos e exposições. “O objetivo é estimular o gosto pela fotografia”, explicou.
Segundo Avelar, que ajudou a criar o Fotoclube de Londrina, Foz do Iguaçu não disponibiliza de nenhum espaço ou projeto parecido, “por isso a vontade em reunir os apaixonados para essa troca de experiências”, ressaltou.
O primeiro encontro acontece no dia 23, as 16h30, na praça de alimentação do Shopping Mercosul. “Todas as pessoas estão convidadas, a única exigência é gostar do assunto”. Futuramente, o médico pretende criar uma sede, para que os participantes tenham mais liberdade para promover discussões e organizar eventos. Para mais informações: 9929.0145.

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