16 de mai. de 2010

O Salão e a Clarice

Nos últimos dez dias aconteceu o Salão Internacional do Livro, aqui em Foz. Devido ao meu trabalho com o Caderno Dois da Gazeta, estive todos os dias na feira. À trabalho ou a passeio, acompanhei boa parte da programação e tive o privilégio de conhecer e conversar com grandes nomes do jornalismo e da literatura brasileira.

Conheci Ruy Castro (autor de mais de quinze obras, entre elas as biografias de Carmen Miranda, Garrincha, Nelson Rodrigues e do livro Chega de Saudade, sobre a Bossa Nova), Jorge Ferreira (sociólogo, empresário e autor da obra Fazimento), Roger Mello (escritor de livros infantis e ilustrador de mais de 100 obras, entre elas clássicos de Guimarães Rosa, Graciliano Ramos e Ana Maria Machado), Luiz Fernando Emediato (jornalista, escritor e criador do Caderno 2 do Estado de S. Paulo), Maria Tereza Maldonado (mestre em psicologia e escritora de mais de 30 livros) e José Hamilton Ribeiro (acho que não precisa de descrição).
Além deles, Foz do Iguaçu esteve muito bem representada pelos seus escritores, entre eles Nilton Bobato e Ildo Carbonera, meus queridos.

Com todos os citados acima, eu conversei pessoalmente ou por telefone. Fiz um contato maior com Roger Mello, porque realmente sou apaixonada por literatura infantil. Pra mim, adultos que tem o dom de escrever para as crianças mereciam ser anjos.Infelizmente não tive coragem de chegar perto do ‘Zé Hamilton’, e olha que ele passou ao meu lado várias vezes. Aliás, quando cheguei a feira, ele estava sozinho, tomando café na padaria da esquina. Sim, é claro que já me arrependi de não ter chegado perto. (Burra!)
Além de ter o prazer de ver e conhecer essas pessoas, pude conversar um pouco mais com o pessoal da cultura e saber dos projetos que estão por vir. A galera ta sempre animada, isso que empolga a gente.

Ah! No vai e vem das andanças também encontrei uma obra prima! Foi um achado, vamos assim dizer. A edição 14 da Revista Discutindo Literatura, com capa e matéria completa sobre a minha diva Clarice Lispector. Li a revista de cabo a rabo, que traz ainda uma matéria deliciosa sobre Nelson Rodrigues, ou como retrata a revista, “O Dostoiévski pornográfico dos palcos”. Sobre Clarice, não tenho muito que comentar, já que para mim, soa como perfeição todas as palavras vindas dela. No entanto, abro um parêntese para citar a descrição do repórter (cuja autoria não foi citada na revista) sobre a Fênix das Palavras:

“Ler Clarice Lispector é uma aventura de risco. Nas vielas, esquinas e becos de seus escritos, pulsa uma intensidade arrebatadora capaz de levar o leitor a ficar frente a frente consigo mesmo. Trata-se de uma artista de alma insone, e quem respirou seu hálito nunca mais poderá dormir como antes”.

Depois de tudo isso, só me resta terminar a semana satisfeita. A experiência dos últimos dez dias foi ótima! (Obrigada por tudo Dani, você também me ajudou muito!)
Apesar da correria diária, valeu muito a pena!
E encontrar essa revista também foi lindo. Antes disso comprei meu livro de cabeceira, O Pequeno Príncipe, que já esta em seu devido lugar, muito bem cuidado. E esse claro, NÃO EMPRESTO! Haha

Boa semana a todos!

Um comentário:

Crevilaro disse...

Maravilhoso! Faço do sua alegria contagiante a minha. Não tive a oportunidade de ver todos esse autores maravilhosos. Mas prestigiei da minha forma. E adorei. Parabéns; pois vc estava lá na labuta tb! hehehe!

Bjosss!