Estive pensando em mil maneiras de como melhorar o blog e torná-lo mais ativo na minha vida [e na dos leitores, claro]. Afinal, o que mais se escuta nos dias de hoje é isso: ter blog, orkut, twitter, myspace e por aí vai. Mesmo acreditando no super poder da internet e toda a influência dela sobre o nosso mundinho, prefiro ficar aqui, quieta, e num canto que é só meu.
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Tenho este blog há anos, e comecei como se começa qualquer coisa; aos poucos. Então, com o passar do tempo, me apaixonei por isso. Pelas pessoas que também tem sonhos e palavras bonitas pra compartilhar, em gente que tem histórias importantes, e em simples seres que discutem o dom de existir. Desde a criação deste espaço, pude descobrir um novo mundo, fazer amizades e conhecer pessoas fantásticas. Isso pra mim é o suficiente.
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Então, a vontade em crescer e ampliar os horizontes [do blog] ficou pra depois. Acredito que o especial já existe, e ele está aqui, em frases curtas ou em textos enormes. Em rabiscos, poesias, músicas, informações, contos e causos. É assim que eu sou, é assim que eu quero continuar.
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Como dizem os entendidos, "em time que está ganhando não mexe".
E não mexo mesmo!
Porque aqui, eu sou artilheira!
Criado em 2007 para atividades extra-curriculares no curso de Jornalismo, o blog se tornou um diário, um encontro comigo mesma, talvez até um cano de escape. Nele, estão pensamentos, opiniões, poesias, músicas, e tudo o que me interessa. Tudo o que nos interessa. Meio fora de moda, ele continua sendo meu queridinho, e espero que assim seja para todos vocês!
27 de fev. de 2010
26 de fev. de 2010
música do dia
Retrato pra Iá Iá
Marcelo Camelo; Rodrigo Amarante
Iaiá, se eu peco é na vontade
de ter um amor de verdade.
Pois é que assim, em ti, eu me atirei
e fui te encontrar
pra ver que eu me enganei.
Depois de ter vivido o óbvio utópico
te beijar
e de ter brincado sobre a sinceridade
e dizer quase tudo quanto fosse natural
Eu fui praí te ver, te dizer:
Deixa ser.
Como será quando a gente se encontrar ?
No pé, o céu de um parque a nos testemunhar.
Deixa ser como será!
Eu vou sem me preocupar.
E crer pra ver o quanto eu posso adivinhar.
De perto eu não quis ver
que toda a anunciação era vã.
Fui saber tão longe
mesmo você viu antes de mim
que eu te olhando via uma outra mulher.
E agora o que sobrou:
Um filme no close pro fim.
Num retrato-falado eu fichado
exposto em diagnóstico.
Especialistas analisam e sentenciam:
Oh, não!
Deixa ser como será.
Tudo posto em seu lugar.
Então tentar prever serviu pra eu me enganar.
Deixa ser.
Como será.
Eu já posto em meu lugar
Num continente ao revés,
em preto e branco, em hotéis.
Numa moldura clara e simples sou aquilo que se vê.
Marcelo Camelo; Rodrigo Amarante
Iaiá, se eu peco é na vontade
de ter um amor de verdade.
Pois é que assim, em ti, eu me atirei
e fui te encontrar
pra ver que eu me enganei.
Depois de ter vivido o óbvio utópico
te beijar
e de ter brincado sobre a sinceridade
e dizer quase tudo quanto fosse natural
Eu fui praí te ver, te dizer:
Deixa ser.
Como será quando a gente se encontrar ?
No pé, o céu de um parque a nos testemunhar.
Deixa ser como será!
Eu vou sem me preocupar.
E crer pra ver o quanto eu posso adivinhar.
De perto eu não quis ver
que toda a anunciação era vã.
Fui saber tão longe
mesmo você viu antes de mim
que eu te olhando via uma outra mulher.
E agora o que sobrou:
Um filme no close pro fim.
Num retrato-falado eu fichado
exposto em diagnóstico.
Especialistas analisam e sentenciam:
Oh, não!
Deixa ser como será.
Tudo posto em seu lugar.
Então tentar prever serviu pra eu me enganar.
Deixa ser.
Como será.
Eu já posto em meu lugar
Num continente ao revés,
em preto e branco, em hotéis.
Numa moldura clara e simples sou aquilo que se vê.
23 de fev. de 2010
O que é bom merece elogio!!
Recebi esta semana da Carol Cañete, a Revista Cult Mag, que estreou em Foz este mês.
A Revista – com circulação mensal – existe há um ano em Cascavel, e agora chega a fronteira em “grande estilo” como diriam os colunistas sociais.
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Logo de cara já gostei do material e especialmente, do visual da revista, muito bonito e versátil. O bacana é a mistura do sofisticado com o simples, algo que hoje em dia vale muito mais do que mil páginas coloridas e cheia ‘dos’ detalhes.
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A diagramação também é muito bem feita, ainda mais por ser um modelo diferente do convencional (formato A4 dobrada), uma espécie de cardápio de bar, saca? E foi exatamente nisso que pensei quando comecei a ler a revista. [Só faltou o chop!].
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Mas falando de conteúdo, achei excelente o espaço dedicado as enquetes com as pessoas de Foz, entrevistas, e as colunas com fotos da galera. É interessante ver ‘gente como a gente’ e não apenas as socialites que carregam o sobrenome maior do mundo (comum em muitos veículos impressos na cidade).
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Em resumo; a revista é linda, bem organizada e me desculpa a intimidade, mas “uma fofa”. Espero continuar acompanhando o trabalho dessa galera e principalmente ver crescer o jornalismo impresso na região!
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Parabéns ao Juliano Garcia (idealizador em Cascavel), ao João e a Carol – que estão tocando o barco como ninguém!
E aos bons amigos, leitores e apaixonados por coisas interessantes, acessem: http://www.cultmag.com.br/foz
19 de fev. de 2010
Matheus Duarte: Voando alto na capital
Ex-Poronga Joke investe na produção musical e se prepara para lançar o primeiro projeto solo
Mineiro por natureza e iguaçuense de coração, Matheus Duarte escolheu a cidade de Curitiba para alçar vôos sobre a carreira de músico, compositor e produtor. Com experiência em trabalhos anteriores e a passos de lançar seu primeiro projeto solo, Duarte tem recebido destaque na mídia nacional com o bom e velho rock n’roll. Na opinião do colunista Luiz Cláudio Oliveira, da Gazeta do Povo, “Matheus chegou mineiramente a Curitiba e, aos poucos, vai tomando conta do pedaço (...) Desembarcou trazendo sua veia de compositor que une rock e MPB, coisa que os mineiros sempre fizeram tão bem. Trouxe, também, a guitarra bem tocada que mistura com programações eletrônicas em seu trabalho-solo, surpreendentemente cheio de groove”.
O trabalho no qual o colunista se refere é o MATCH, que está em fase de pré-produção e deve ser lançado ainda este ano. Sob o comando do produtor musical Bruno Sguissardi (guitarrista da Banda Anacrônica), o disco conta ainda com a participação de Carlos Pokes na bateria, André Nisgoski no baixo e backing vocal e Ruben Cabrera nos teclados. Com músicas de autoria própria, o CD apresentará a união do tradicional pop/rock à batidas eletrônicas.
Poronga Joke
Conforme adiantou Matheus, o projeto ganhará tom especial com músicas inéditas e outras já conhecidas do público iguaçuense na época em que ele esteve à frente da Banda Poronga Joke. “Músicas como Desenho e O Engraxate vão surgir no CD com algumas levadas eletrônicas”, afirmou. E ao falar em Poronga, Matheus descreve a banda como o trabalho que o consolidou no cenário musical. “Me tornei músico tocando com o Christian Rizzi e em seguida montamos o Poronga. Foram quase dez anos de história, tenho saudade daquele tempo, nós vivemos momentos fantásticos. Sem dúvida, foram a banda e o contato com o Christian que me deram bagagem suficiente”.
Trajetória
Ainda que o sucesso estivesse garantido com dois cd´s independentes e abertura de shows para bandas como Pato Fu, Ira!, Tianastácia, Acústicos e Valvulados e a atuação ao lado de Marcelo Nova (ex-camisa de Vênus), Matheus queria mais. “Precisava mostrar minhas composições, estudar produção musical e fui em busca disso”, declarou. A partida aconteceu em fevereiro de 2007 com o último show do Poronga Joke. Da fronteira, Duarte seguiu para sua terra natal, Belo Horizonte (MG) e em seguida se mudou para Nova York, onde a convite da cantora e compositora brasileira Reah Valente, foi trabalhar como guitarrista e produtor. “Passei seis meses entre Nova York e Los Angeles (Califórnia) sempre tocando e produzindo. Para quem quer crescer musicalmente, os Estados Unidos é o lugar”, declarou. De volta ao Brasil, o músico chegou a Curitiba, onde já havia estabelecido contato com grandes nomes do cenário artístico paranaense. “A cidade me recebeu de braços abertos e o clima é maravilhoso. Meus planos são de continuar aqui e mostrar minhas composições ao público” disse Matheus, que em horário comercial trabalha como produtor musical no Nico’s Studio, um dos melhores estúdios do Sul do país.
Trivolve
Além do projeto solo, Duarte faz parte da Banda Trivolve, tocando guitarra ao lado do baixista André Becker (cadeirante e músico brilhante que se reinventou após o acidente com Bira Ribeiro, acabando com a banda Extromodos) e a vocalista Mônica Bezerra (compositora e instrumentista, formada em Canto Popular pelo Conservatório de Música Popular Brasileira de Curitiba).
Web
Enquanto o CD ainda não sai do forno, os fãs de Matheus podem baixar as músicas e acompanhar o trabalho através do site.
15 de fev. de 2010
Carnaval: a grande nostalgia
Ê viva o Carnaval, a folia, a animação, a cultura popular brasileira!
Viva os bêbados dirigindo, as mulheres com peitos de fora, as surubas do circuito Barra-Ondina! Viva o axé, a sensualidade, o carisma! Viva as crianças aprendendo sobre sexualidade antes da hora, os vômitos espalhados em plena avenida do samba, viva as doenças sexualmente transmissíveis.
Ops! Viva a camisinha, e a nostalgia do carnaval.
Francamente? Viva mesmo quem sabe aproveitar a vida sem ter o carnaval como motivo de extravagância. Essa tal ‘irreverência’ a que muitos se referem, pra mim nada mais é do que uma grande desculpa esfarrapada. Em partes, devo admitir, detesto o carnaval. Para não generalizar, confesso: costumo ver as escolas de samba do Rio de Janeiro desfilar, mas é apenas isso. O que realmente me atrai nelas são as histórias. O tema, a criação do samba-enredo e os detalhes – que são revelados pelos narradores. Este ano, por exemplo, a Vila Isabel vai homenagear Noel Rosa, e provavelmente eu deva assistir, ou ao menos acompanhar a reprise.
Mas, ainda que isso seja uma colaboração à cultura, não consigo enxergar o carnaval com bons olhos. Não hoje. Porque sei que antigamente a coisa era outra. A brincadeira era outra. Mamãe e papai, por exemplo, se conheceram em um baile de carnaval. É bom lembrar que eu não teria existido se não fosse o ‘tal’.
Vai ver é por isso, que atualmente meu desespero é tão grande. Por eu não conseguir comparar o carnaval dos últimos anos com as fotos dos meus pais fantasiados e brincando no meio do salão.
Em resumo, o carnaval é assim: eu aqui e o resto do mundo lá. Eu aqui, curtindo minha nostalgia e o povo lá, aproveitando (da maneira que consideram certa).
Enquanto alguns esperam para “começar o ano”, o meu já começou faz tempo. Aliás, estamos quase em março e eu ainda perco tempo escrevendo sobre isso.
É o fim mesmo.
Viva os bêbados dirigindo, as mulheres com peitos de fora, as surubas do circuito Barra-Ondina! Viva o axé, a sensualidade, o carisma! Viva as crianças aprendendo sobre sexualidade antes da hora, os vômitos espalhados em plena avenida do samba, viva as doenças sexualmente transmissíveis.
Ops! Viva a camisinha, e a nostalgia do carnaval.
Francamente? Viva mesmo quem sabe aproveitar a vida sem ter o carnaval como motivo de extravagância. Essa tal ‘irreverência’ a que muitos se referem, pra mim nada mais é do que uma grande desculpa esfarrapada. Em partes, devo admitir, detesto o carnaval. Para não generalizar, confesso: costumo ver as escolas de samba do Rio de Janeiro desfilar, mas é apenas isso. O que realmente me atrai nelas são as histórias. O tema, a criação do samba-enredo e os detalhes – que são revelados pelos narradores. Este ano, por exemplo, a Vila Isabel vai homenagear Noel Rosa, e provavelmente eu deva assistir, ou ao menos acompanhar a reprise.
Mas, ainda que isso seja uma colaboração à cultura, não consigo enxergar o carnaval com bons olhos. Não hoje. Porque sei que antigamente a coisa era outra. A brincadeira era outra. Mamãe e papai, por exemplo, se conheceram em um baile de carnaval. É bom lembrar que eu não teria existido se não fosse o ‘tal’.
Vai ver é por isso, que atualmente meu desespero é tão grande. Por eu não conseguir comparar o carnaval dos últimos anos com as fotos dos meus pais fantasiados e brincando no meio do salão.
Em resumo, o carnaval é assim: eu aqui e o resto do mundo lá. Eu aqui, curtindo minha nostalgia e o povo lá, aproveitando (da maneira que consideram certa).
Enquanto alguns esperam para “começar o ano”, o meu já começou faz tempo. Aliás, estamos quase em março e eu ainda perco tempo escrevendo sobre isso.
É o fim mesmo.
10 de fev. de 2010
Nevilton lança primeiro EP em 2010
Prestes a completar 3 anos de estrada, Nevilton terminou o ano de 2009 como uma das grandes revelações do rock independente nacional. Colecionou muitas resenhas positivas em sites, blogs, revistas online e em revistas de circulação nacional como a Rolling Stone Brasil e a Bravo!. A fama de suas apresentações contagiantes precedia a banda e se confirmava em cada show pelo Brasil - e foram muitos, de Porto Alegre (RS) à Palmas (TO) – tanto que foram eleitos o segundo melhor show nacional em 2009 no Top 7 Scream & Yell, ficando atrás só dos Móveis Coloniais de Acaju.
E chegou hora de mais um sonoro passo para Nevilton: HOJE, dia 10 de Fevereiro de 2010, depois de quase 3.000 cópias de seu “Pacotão de Demos”, distribuídas pelo Brasil, o trio paranaense lança seu primeiro registro fonográfico oficial, o EP Pressuposto. Nele a banda publicou cinco músicas, entre elas, duas que estarão em seu disco de estréia o “de Verdade”: Pressuposto (canção que dá nome ao EP) e Vitorioso Adormecido. O disco foi gravado no YB Studios, em São Paulo, ainda com o baterista Fernando Livoni, e será lançado em breve.
As outras três faixas do EP são: O Morno, Do Que Não Deu Certo e Singela (Canção ao Amigo). Todas elas foram gravadas em Umuarama, por eles mesmos, em seu próprio estúdio, o "Sombrero", já com o novo baterista, Eder Chapolla.
*O release acima é do Lobão, e o meu comentário é o seguinte:
Vida longa Nevilton!
Baixe aqui o EP!
8 de fev. de 2010
Oi amor!
Ainda ontem revirei minha caixinha de lembranças. Escolhi ver as nossas fotos. Aquelas que tirávamos nas festas, no parque, dentro de casa, lembra? Bons momentos aqueles querido, onde não existiam dias tristes, nem essa tal solidão que resolveu outro dia bater a minha porta. Sabe o que é? Hoje pensei em te escrever e colocar no envelope nossa foto em preto e branco. Resolvi passar um batom cor de rosa e beijar o papel. Pensei até em colocar gotinhas do meu perfume na carta, como fazia quando era criança e mandava bilhetinhos apaixonados pro namoradinho da escola. Mas então pensei que eles não chegariam tão vivos até você. E eu sou viva, sou a excentricidade em pessoa. Não seria justo mandar meus beijos e meu cheiro pelos Correios. Queria mesmo era falar perto, pegar na mão, sentir a alegria que eu sentia antes quando você me olhava e perguntava – Tudo bem?
Ah! Como eu queria voltar àqueles bons finais de semana, onde nada mais importava do que a lista de filmes e o sofá da sala. Aqueles bons finais de semana onde o tempo não era contado e o relógio nem existia. É bom lembrar meu bem, sinto tanta saudade. Lembro também que durante aqueles longos três anos, tivemos vários desentendimentos. Coisa comum pra quem se gosta, não acha? Às vezes lembro e dou risada sozinha. Como éramos tolos. Quanto tempo desperdiçamos com briguinhas bobas e ceninhas de ciúmes. Hoje lembro disso com um sorriso no rosto. Precisei mesmo viver isso. Talvez se nossas brigas não existissem, nosso amor nunca tomaria grandes proporções. E eu que achei que jamais amaria um ogro como você. E no fim, descobri que o ogro era o homem mais cavalheiro que uma mulher podia ter. E claro, não me refiro a abrir e fechar a porta do carro, nem a puxar a cadeira pra eu sentar – você sabe que não ligava pra isso. Me refiro ao poder da gentileza. Aquela pedrinha preciosa em nossas vidas. E por pior que estivessem os ânimos, você conseguia ser gentil, ser calmo e discreto. Como era boa minha vida amor!
Hoje, sinto saudade. Aquela saudade boa, entende? Sei que você está bem, e eu também estou. É só aquela sensação de que o que vivemos foi realmente bom, do começo ao fim.
E por mais que eu tente controlar, por maior esforço que eu faça, é inevitável. Todos os dias, quando o despertador toca às sete e quinze da manhã, eu olho pro lado esquerdo e lembro de você e das inúmeras manhãs de domingo.
O cristal não partiu, mas está guardado a sete chaves, dentro da caixinha – pra ninguém roubar.
2 de fev. de 2010
Educação na corda bamba
Pesquisa da Unesco revela que o Brasil perde em desenvolvimento educacional para o Paraguai e a Bolívia
O Brasil está na 88ª posição no Índice de Desenvolvimento Educacional (IDE), perdendo para alguns dos países mais pobres da América Latina, como Paraguai, Equador e Bolívia. Este foi o resultado apontado pelo relatório Educação para Todos, divulgado na semana passada pela Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura).
De acordo com a pesquisa - que avaliou 128 países - em matéria de atendimento universal, alfabetização e igualdade de acesso à escola, o Brasil atinge bons índices e apresenta resultados acima de 0,900 – o mínimo para ser considerado de alto desenvolvimento educacional. No entanto, calculando o número de crianças que entram na 1ª série do ensino fundamental e conseguem concluir a 5ª série, o país despenca para 0,756.
Outro ponto crítico levantado pela pesquisa é a alta taxa de repetência na escola primária no Brasil. Enquanto a taxa de repetência na região da América Latina e Caribe era menor do que 4% em 2007, no Brasil, ela chegava a 19%.
Nos últimos dias, especialistas e educadores de todo o país discutiram as causas que envolvem a pontuação e as principais questões da qualidade educacional. Para a mestre em educação e coordenadora do curso de Pedagogia da UDC, Claudimery Chagas Dzierva, existe um conjunto de fatores que contribuem para o resultado apontado pela Unesco.
De acordo com ela, os investimentos na área de educação são mantidos pelo Governo Federal, o que ainda falta são políticas públicas efetivas. “Precisamos de políticas que possam desencadear ações em sala de aula”. Entre os exemplos citados por ela são a melhoria na formação profissional e continuada dos professores e a valorização salarial. “Existem recursos e tecnologias disponíveis, mas nem todos os professores sabem fazer uso das ferramentas como metodologia de ensino”, afirmou.
Desigualdade social
Conforme revelou o estudo, um dos grandes motivos da evasão escolar é ainda o fator econômico. “Milhões de crianças correm o risco de serem privadas de escola em conseqüência da crise financeira mundial”, detalhou a pesquisa. Para a pedagoga, enquanto uma criança passar fome, ela não conseguirá estudar. “A desigualdade social ainda é grande no país. Desta forma a prioridade é muito diferente. O processo ainda será longo”, concluiu.
Nacional
Publicada na revista Veja desta semana, a coluna de Lia Luft traz a tona um contraponto entre as tragédias mundiais e a educação no Brasil. “No clima de ufanismo que anda reinando por aqui, talvez seja bom acalmar-se e parar para refletir. Pois, se nossa economia não ficou arruinada, a verdade é que nossas crianças brincam na lama do esgoto, nossas famílias são soterradas em casas cuja segurança ninguém controla, nossos jovens são assassinados nas esquinas, em favelas ou condomínios de luxo somos reféns da bandidagem geral, e os velhos morrem no chão dos corredores dos hospitais públicos. Nossos políticos continuam numa queda de braço para ver quem é o mais impune dos corruptos, a linguagem e a postura das campanhas eleitorais se delineiam nada elegantes, e agora está provado o que a gente já imaginava: somos péssimos em educação”, declarou. De acordo com a colunista, que já foi professora universitária, o país precisa de novas ações públicas. “Qualidade e liberdade de expressão também são pilares da democracia. Só com empenho dos governos, com exigência e rigor razoáveis das escolas - o que significa respeito ao estudante, à família e ao professor - teremos profissionais de primeira em todas as áreas”.
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