19 de ago. de 2011

A grande pequena!

Tomando café hoje cedo na redação do jornal senti uma saudade danada da Aline. Olhei para o lugar dela (hoje ocupado por uma nova funcionária) e pensei alto: Quanto tempo não tomamos café juntas.
O que antes era um hábito quase que diário, hoje fica só na lembrança de um dia voltarmos a ouvir Better Together juntas. Antes de começarmos pra valer o trabalho na redação, Aline e eu tínhamos o hábito de ler o jornal, tomar o café e comer nosso pãozinho, hora acompanhado de um pão de queijo, hora acompanhado de uma frutinha (enviada pelo pai dela).
Não havia muita conversa, apenas a certeza de estarmos ali, e precisando, prontas para ouvir uma o desabafo da outra.
Os dias eram como em toda boa redação: tumultuados, mas felizes. Na maior parte das vezes era a Aline quem me ouvia, e ela ouviu muito diga-se de passagem. Tenho quase certeza que a Aline foi a pessoa que mais ouviu sobre minhas tristezas, meus amores mal resolvidos, meus problemas financeiros e meus sonhos...(e quantos foram os sonhos!)
Era ela também quem sempre me aconselhava a falar menos e ouvir mais, a guardar as mágoas e levantar a cabeça. Hoje, no auge da minha frustração, pensei na Aline e em como ela contornaria a situação.
Talvez Aline ficasse quieta, como ficou muitas vezes. Talvez ela fosse ao banheiro chorar escondido (como eu e ela fizemos algumas vezes). Talvez ela simplesmente falasse que aquilo não era certo, mas com toda a cautela e educação que sempre teve.
Ao contrário da Aline, sou o que se pode chamar de pessoa imlpusiva, sem papas na lingua, sem paciência para o errado, sem tempo para discutir bobagens, sem vontade de corresponder ao que considero imoral e antiético. Mas hoje, preferi agir como ela. Pensei muito e resolvi me calar.
Me calei para evitar a ignorância, a briga e o próprio desconforto que surge na maioria dos conflitos. No fim, depois que tudo passou (inclusive minha dor no estômago), percebi havia feito a escolha certa! Jogar minhas belas frases ao vento não daria muito certo mesmo.
Então, depois da sessão nostalgia, só posso dizer a esta persona que sim, eu sinto mesmo a falta dela. E não por acaso, aprendi muito com você... inclusive a gostar de Jack Johnson (my husband) haha.

Beijo, sua bonita!
E agora se liga na sessão naftalina.
(Ainda bem que o tempo é nosso amigo!)





2 comentários:

Aline Aguayo disse...

Então... Eu poderia começar dizendo que realmente, o tempo é nosso amigo e que quero te matar pela primeira foto. Mas, tudo bem, posso superar o passado, inclusive, a franja torta daquela foto.... hehe
Então vou começar dizendo que... Jack is MY husband!
E que Better Together me lembra muitos dias da Redação.
E que assim como fico feliz por ter "ensinado", fico feliz por ter aprendido. Com você, com os dias, com as furadas, com os gritos, com os choros, com as raivas e principalmente com a minha frustração. Que no auge, me fez sair da imobilidade e conforto, abrir as asas e num longo voo de aprendizado, ir atrás do que realmente me faz feliz. Do que me faz bem. Do que eu quero.

Fico feliz por ter conseguido cativar e por ter me deixado cativar. Fico feliz não só por saber que sente falta. Mas sim, por saber eu também sinto.
Mostra o quanto todos os perrengues valeram, o quanto as manhãs com café, frutas e pão de queijo, barulhentos ou silenciosos foram sempre uma lição diária.

Com a minha pouca vontade de brigar por/com quem não vale a pena; ou com sua língua sem trava e estopim curto (que estopim, meu Deus?).. esses CINCO anos foram muito importantes... E eu desejo, sinceramente, que os próximos cinco, dez, quinze... sejam tão quanto. Aí, ou em qualquer outro lugar. Quem busca, alcança mais. E você sabe que merece! ;)

Adorei o post e isso não se faz com essa maria mole que sou.

Beijo, bem grandão!
;*

Anônimo disse...

You pretty much said what i could not effectively communicate. +1

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