21 de dez. de 2011

Se joga bebê!

Então é isso. Fui ali e voltei com pensamentos diversos. Aliás, pensamentos a mil. (O que não me falta neste momento).
Há tempos tenho deixado minha cabeça ocupada com tudo aquilo que realmente me interessa.
E te falar: como dá trabalho ser gente grande.
Pensei estar enlouquecendo... Aí chega minha amiga bonitona, com corpão bonito, dois filhos, marido, uma casa e um trabalho pra cuidar e me fala: Guria, se joga!
Aceitei a dica e me joguei... no mundo, nas minhas idéias, nos meus desejos! Acreditei no que a minha imaginação sempre cansou de insistir, e eu boba, não aceitava.
Resolvi arriscar e o primeiro passo foi dado! Agora é tocar o barco e esperar para que a sorte também me ajude!

Sabe de uma coisa meus amores? A Thays de hoje, que em breve completará 24 anos, começa - de fato - a ver a vida com outros olhos.

"Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito"
Clarice, sua linda!

10 de dez. de 2011

Saudade, Caruso!


Cultivei do meu pai o gosto pela música, pelos encontros, pela boa leitura. Era engraçado ver ele chegando em casa com dois livrinhos e duas fitas cassetes em baixo do braço. Como eu já sabia ler, ele pedia pra eu escolher o livro. A Thayná, ficava com a segunda opção, já que ela só poderia mesmo ouvir a história da Branca de Neve ou qualquer que fosse o conto de fadas.

Crescemos um pouco e começamos a frequentar a locadora de vídeos e a banca de jornais com o nosso pai. Era sagrado: Aos sábados, vídeos na PlayHouse e aos domingos, jornais, livros e revistas de colorir na banca do Caruso.

Era assim que se chamava a banca do João Caruso, o dono, e por sinal, amigo do meu pai.
Era ali, na avenida Jk, em que passávamos algumas horas ou alguns minutos do nosso domingo.
Meu pai não tinha pressa e tão pouco se negava a pagar a quantidade de revistas que escolhíamos.
O tempo passou, mas o hábito foi preservado. Meu pai, eu e minha irmã continuávamos a visitar a banca todos os domingos.

Mas então, um dia meu pai nos deixou e alguns anos depois, João Caruso também abandonou a vida aqui na terra. Os dias ficaram cinzas, mudos e os encontros tornaram-se desencontros.
Foi assim durante muito tempo, até percebermos que a saudade não se apaga, assim como a dor nunca cura. O bom é que o tempo nos mostra isso de forma delicada, concisa, inteligente.
Não saimos da história brigados com ele. Pelo contrário, agradecemos aquela existência.

E dessa forma, depois de alguns anos, continuei a frequentar - pouco, confesso - a banca de jornais onde meu pai adorava passar os finais de semana. Estar ali era como estar com ele, relembrar aquele tempo, voltar a minha infância!

E hoje, depois de 37 anos de Caruso, recebo a notícia de que a nossa querida banca fechou as portas. Miriam Machado Caruso tocou o barco sozinha nos últimos anos, e segundo ela, ficou inviável concorrer com a internet e todas as facilidades que ela oferece.

Dona Miriam têm toda razão. Infelizmente, mas ela tem. Sou a jovem-mais-velha deste planeta, e defendo com unhas e dentes a existência dos jornais impressos, revistas, livros. Quero que meus filhos leiam O Globo, A Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo, Zero Hora, Correio do Povo. Realmente, não sei mais se isso é possível. Por isso mesmo, guardo em casa exemplares de ouro, assim como meu pai fazia com as revistas "sensacionais" dele. Não vendo, não troco e não empreto.

Minha homenagem de hoje é para a Dona Miriam, para o João Caruso, para o meu pai e todos as pessoas que frequentaram essa banca tão amada.

Saudade, Caruso!

8 de dez. de 2011

mentiras sinceras

Ele perguntou se eu poderia ouvir sobre outra mulher.
É claro que posso (eu disse)
É claro que não posso (eu queria ter dito).
Apesar da nossa super amizade, aquelas noites de risadas, beijos e abraços ficaram bem guardadas.
Talvez você tenha razão ao dizer que o nosso relógio um dia vai bater na mesma direção.
Mas por hora, estou aqui... te ouvindo.
Enquanto você, do outro lado da linha, também me ouve e ri alto quando eu conto algum "bafo".
O que eu disse (e acabei denegrindo a imagem feminina) foi: "elas são todas iguais".
O que eu queria ter dito era: "mas que mulher burra, que não sabe o homem lindo que perdeu".
No fundo, você consegue entender todas as minhas frases ditas e não ditas.
No fundo, você sabe que eu te amo.
Forever and ever

7 de dez. de 2011

Momento "sou assim" de ser

Falem o que quiser – e eu já estou acostumada a ouvir críticas quando faço um elogio a nossa amiga Globo. Mas tudo bem, todos aqueles que falam horrores dela é porque um dia quiseram ser a Fátima Bernardes ou o Willian Bonner e falar um “Boa Noite” em alto e bom som.

Bafafás a parte, vamos ao que interessa. Abre aspas: “ao que me interessa” - diga-se de passagem este blog é meu, e quem não está a vontade, adiós!

Assistindo a série da Globo - A Mulher Invisível – tive a incrível idéia de inventar um namorado invisível com o jeitinho do Selton Melo, o carisma do Wagner Moura, os olhos do Johnny Depp e a voz do Jack Johnson.

É claro que uma mistura dessas no potoshop não daria certo, mas na minha cabeça, ela é perfeita. Fico até imaginando acordar na praia, ouvindo Upside Down, olhando para os olhos do pirata e beijando a boca do capitão Nascimento. Me chama de louca!!!

Sério, não é normal isso.

Aí o especialista em comunicação vai me dizer que as novelas e toda a porcaria da mídia fizeram isso com a minha cabeça. E eu vou responder a ele: Mil vezes assistir a uma novela água com açúcar as 6 horas da tarde do que ler Augusto Cury e suas lições de auto ajuda. (Deixa eu ser feliz, vai?!)

Acho que por conviver com muitos adultos, minha cabeça ficou centrada na triste realidade. Se uma criança pode inventar o Homem Casa e o Homem Maçã, porque eu não posso inventar o Homem-Namorado?

O fato de não ter nove anos de idade não me impossibilita. Pelo contrário, vou agora mesmo pegar o papel sulfite, os lápis de cor e a tinta guache. Ah sim, se alguém tiver giz de cera, por favor!

Hoje é dia de Rock bebê!

6 de dez. de 2011

Socorro!

Não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar
Nem pra rir...

Socorro!
Alguma alma mesmo que penada
Me empreste suas penas
Já não sinto amor, nem dor
Já não sinto nada...

Socorro!
Alguém me dê um coração
Que esse já não bate nem apanha
Por favor!
Uma emoção pequena, qualquer coisa!
Qualquer coisa que se sinta...
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva...

Socorro!
Alguma rua que me dê sentido
Em qualquer cruzamento
Acostamento, encruzilhada
Socorro! Eu já não sinto nada...

Socorro!
Não estou sentindo nada [nada]
Nem medo, nem calor, nem fogo
Nem vontade de chorar
Nem de rir...

Socorro!
Alguma alma mesmo que penada
Me empreste suas penas
Eu Já não sinto amor, nem dor
Já não sinto nada...

Arnaldo Antunes

30 de nov. de 2011

How How How!

O Natal nunca foi uma das minhas datas favoritas, mas nem por isso eu deixei de dar importância a ela. Na minha profissão, o Natal é época de pautas, muitas pautas, e talvez por isso eu tenha começado a enxergá-lo com outros olhos.

Pra quem já perdeu alguém da família, o Natal nem sempre é sinônimo de união. Parece que naquele dia, a saudade bate mais forte e é quase impossível não lembrar os anos em que aquela pessoa querida estava entre nós.

No entanto, precisei aprender a gostar do Natal para conseguir escrever com o coração.
É dfícil não é? É sim, e foi mesmo muito difícil. Mas no decorrer dos anos, encontrei histórias emocionantes pelo caminho, como a de pessoas que precisam passar o Natal em hospitais, trabalhando, longe da família, ou histórias de pessoas que sequer ganham uma ceia de Natal.

Não quero ser melancólica e tão pouco enaltecer os problemas alheios, quero apenas lembrar de como é bom ter uma família, saúde, e condições financeiras que nos permitam ter uma bela ceia e uma árvore de natal repleta de presentes.


Na verdade nunca gostei de comparações. Sempre achei elas generalistas demais. O meu conceito só começou a mudar este ano, quando passei por tristes experiências que me fizeram dar mais valor a vida e a todas as coisas que ela me proporciona.

Achei por bem dividir esses pensamentos com vocês, já que nesta época todos estão mais generosos e dispostos a ouvir (neste caso, a ler).

Então, este post é para todos aqueles que não gostam de Natal. Minha dica é para que vocês comecem a pensar no verdadeiro sentido dele, e talvez dessa forma, possam contribuir com a história de alguém, seja uma criança que precisa de um presente, um idoso que precisa de um abraço ou um paciente de hospital que precisa do seu sorriso e poucos minutos de conversa.

Faça deste período um aliado, porque com certeza você conseguirá melhorar o Natal de alguém e mais do que isso,
começar a adorar o seu!


28 de nov. de 2011

Bolinhas para o ano novo!

O final do ano chegou, e com ele todos aqueles antigos planos ressurgem na memória. A ideia de comprar um carro, fazer academia, aulas de tênis, o compromisso de caminhar todos os dias, cursar outra faculdade, pensar na pós-graduação, no mestrado, no curso de francês que foi esquecido por alguns anos... Enfim, tudo aquilo que é planejado e esquecido nas primeiras semanas de fevereiro.

É engraçado como tantas pessoas fazem a lista de desejos para o ano seguinte. Eu mesmo ERA uma delas. Não passava um final de ano em que eu não dissesse: “No ano que vem vou entrar na academia”. Quanta balela!

Eu já me conheço e sei que detesto academia. Não iria e já sabia daquilo. Mesmo assim insistia em dizer e bater no peito para quem quisesse ouvir (por que ser assim, meu Deus?).

Falações à parte, neste ano resolvi fazer algo diferente. Ou melhor, uma amiga me deu de presente a ideia de fazer planos concretos – aqueles que você deseja muito e que pode realizar com um pouco de esforço.

O presente era simples: um papel sulfite recortado em formato de uma bolinha (veja a figura nesta página). Dentro dele, quatro espaços para os desejos. O intuito seria escrever os sonhos ou vontades avassaladoras para o ano que está por vir.

Guardei a bolinha de papel e escrevi meus quatro desejos no último dia do ano. Passei o réveillon com ele no bolso e depois disso guardei dentro da minha carteira. Quatro meses depois, abri e reparei que dois dos desejos já haviam sido realizados. Faltavam dois, e eu comecei a pensar neles todos os dias. Até que de repente estava concluindo o terceiro.

O quarto desejo, infelizmente, ficará para 2012, já que ele não dependia completamente de mim.

Mas vamos diretamente ao ponto: as superstições existem, e muita gente as segue todo fim de ano. Minha avó, por exemplo, não passa uma virada sem comer 12 gomos de uva. Para ela, a uva significa saúde e, neste ato, ela pede saúde durante os 12 meses do ano.

No entanto, minhas superstições nunca deram muito certo, e eu comecei a pensar que aquele presente seria, sim, o responsável pelas mudanças na minha vida. E, de fato, ele foi!

Não escrevi no papel coisas impossíveis de acontecer, como ganhar na Mega Sena, comprar uma Ferrari, ir para Dubai passar um mês. Escrevi pedidos simples, aqueles que eu poderia realizar, com um esforçozinho, uma dedicação a mais da minha parte.

O presente foi tão bom e verdadeiro que resolvi passá-lo adiante. No último réveillon, entreguei aos meus vizinhos, tios e primos diversas bolinhas de papel com uma carta explicando o significado delas.

Cada um teria direito a quatro pedidos (reais). Depois disso, era só passar o ano-novo com ela no bolso e em seguida colocá-la na carteira ou dentro da bolsa – algum lugar em que os desejos pudessem ser lidos com frequência.

Sim, mentalizar os pedidos ao longo do ano é fundamental para concretizar os desejos (como explicado no livro O SEGREDO), entende?

Agora, quero compartilhar com vocês este presente, com o desejo de que cada um tenha realmente entendido a proposta. Olhem só: não vale fazer várias bolinhas. É apenas uma com quatro pedidos, ok?

Façam as bolinhas com todo o amor possível, e desejem acima de tudo um 2012 cheio de boas energias, saúde, paz e muita, muita união!

10 de nov. de 2011


"
Eu quero nós. Mais nós. Grudados. Enrolados. Amarrados.
Jogados no tapete da sala. Nós que não atam nem desatam.
Eu quero pouco e quero mais. Quero você. Quero eu. Quero
domingos de manhã. Quero cama desarrumada, lençol, café e
travesseiro. Quero seu beijo.
Quero seu cheiro. Quero aquele olhar que não cansa."

Caio F. Abreu

7 de nov. de 2011

Vacation!














E já que imagens dizem mais que mil palavras... tá aí um pouquinho das minhas férias, dos meus encontros, dos meus amigos, dos meus dias lindos, das minhas tardes de quase inverno, da minha vida... e quê vida gostosa! Obrigada genteeee!

11 de out. de 2011

Minha nada mole vida

Há quase um ano resolvi mudar meus hábitos alimentares para realmente ‘enxugar’ alguns quilinhos. Então comecei cortando o refrigerante (não provo da tal bebida há onze meses) e como sempre me agradei de frutas, verduras e legumes, optei em organizar minhas refeições. Um papo com uma amiga nutricionista me ajudou a colocar tudo na balança (inclusive a minha pessoa) para medir o que de fato eu poderia ou não comer. (Hoje eu como tudo, tudinho mesmo, mas na dose certa!)

Foram meses de muita luta e sacrifício, a começar pelas festas de fim de ano, que me atormentaram totalmente. Mas lá estava eu, firme e forte no meu suquinho! Hoje, confesso a vocês, não sinto mais falta de refrigerante. Meu liquidificador e meu bule nunca foram tão utilizados como agora; bebo suco e chá todos os dias.

Também não lembro quando foi à última vez que comprei uma barra de chocolate. Mas aí eu confesso: Não passo pelas gôndolas de doces do supermercado. Consegui, aos poucos, equilibrar tudo. (Hoje um Big Mac, amanhã um peixe com salada haha).

Mas a idéia deste post não é falar do meu cardápio, mas dos resultados disso tudo: De novembro do ano passado até agora consegui eliminar 12 quilos. Uma média de um quilo por mês.

(Legal né?). É sim! Eu pelo menos estou bem satisfeita, apesar dos pesares.

E sabe quais são os pesares? – A maioria das pessoas dizendo que você está magra demais. Acreditem: Cada elogio vem com a recomendação final: Mas agora chega né? Já está bom assim. Como quem diz: Vá comer menina!

Bom, o que eu quero dizer é que não estou de dieta, nunca estive. Resolvi mudar, só mudar. Troquei o risoles gordurento da padaria por um salgado assado; troquei o miojo por um almoço com salada, arroz e feijão; troquei a fritura e os lanches por um pãozinho com queijo e presunto. Foi assim: uma troca bem tranqüila, sem pressa e totalmente saudável.

Nunca fui fã de magreza excessiva e detesto quem cultiva esta forma de vida. Estou longe de ser magrela e realmente não quero ser. Hoje estou muito bem com o meu corpo, e era isso o que eu realmente queria! Enquanto puder vou manter estes hábitos que me fizeram um bem danado – aliás, eu que nunca fui fã de esportes, agora ando me arriscando por aí.

Não idolatro a magreza, assim como não idolatro a obesidade. Tenho na família casos de pessoas que sofrem com o excesso de peso e as conseqüências dele: diabetes, colesterol, pressão alta...

Então antes de se atracar numa coxinha com frango e catupiry, lembre-se do velho ditado: Você é aquilo que você come.

1 de out. de 2011

Metade

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio

Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.

Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.

Oswaldo Montenegro

14 de set. de 2011

Olha a naftalina aí gente!

Vamos espantar a poeira deste blog né! Por favor, alguém 'me' grita gente! Ajudem a dona deste blog voltar a ativa.
Difícil sim, mas não impossível.
Eu sei, abandonei de vez esse espaço tão adorável na minha life e confesso, os motivos nem são tantos assim. É verdade que estou trabalhando bastante, estudando mais, lendo mais e tentando aprender coisitchas novas, como a usar o tal do WordPress por exemplo. Apesar de todo o esforço e as quebradas de cabeça, estou adorando tudo isso!
Mas voltando blog, ando mesmo relaxada. Essa palavra é meio feia não? Vamos usar outra mais bonitinha: Ando muito sonolenta, atarefada, cheia de coisas, sem inspirção, pronto falei.
Por dias, tardes e noites venho procurando aquela doce vontade de escrever meus romances sem pés nem cabeças, minhas frasesinhas amorosas, minhas poesias que mais se parecem rabiscos de diário. Enfim, procuro e procuro muito. Vou dormir pedindo a Deus que devolva meus poderes.
Já cheguei a pedir até pra São Longuinho, mas acho que ele também esqueceu de mim. (mimimi)
Por hora, continuarei adormecida, mas espero que não por muito tempo. Mesmo porque estou animada, e isso já é bem importante. Outra coisa boa é que estamos em setembro e eu já tô na "vibe" de procurar uma pousada no Norderte para montar a rede, esticar meus pésinhos e permanecer por 30 dias só no camarão, na sombra e na água fresca! (Jura que é rica a menina!)

É isso meus queridos! E como diria o profeta: Paz para todos, ódio para ninguém!


19 de ago. de 2011

A grande pequena!

Tomando café hoje cedo na redação do jornal senti uma saudade danada da Aline. Olhei para o lugar dela (hoje ocupado por uma nova funcionária) e pensei alto: Quanto tempo não tomamos café juntas.
O que antes era um hábito quase que diário, hoje fica só na lembrança de um dia voltarmos a ouvir Better Together juntas. Antes de começarmos pra valer o trabalho na redação, Aline e eu tínhamos o hábito de ler o jornal, tomar o café e comer nosso pãozinho, hora acompanhado de um pão de queijo, hora acompanhado de uma frutinha (enviada pelo pai dela).
Não havia muita conversa, apenas a certeza de estarmos ali, e precisando, prontas para ouvir uma o desabafo da outra.
Os dias eram como em toda boa redação: tumultuados, mas felizes. Na maior parte das vezes era a Aline quem me ouvia, e ela ouviu muito diga-se de passagem. Tenho quase certeza que a Aline foi a pessoa que mais ouviu sobre minhas tristezas, meus amores mal resolvidos, meus problemas financeiros e meus sonhos...(e quantos foram os sonhos!)
Era ela também quem sempre me aconselhava a falar menos e ouvir mais, a guardar as mágoas e levantar a cabeça. Hoje, no auge da minha frustração, pensei na Aline e em como ela contornaria a situação.
Talvez Aline ficasse quieta, como ficou muitas vezes. Talvez ela fosse ao banheiro chorar escondido (como eu e ela fizemos algumas vezes). Talvez ela simplesmente falasse que aquilo não era certo, mas com toda a cautela e educação que sempre teve.
Ao contrário da Aline, sou o que se pode chamar de pessoa imlpusiva, sem papas na lingua, sem paciência para o errado, sem tempo para discutir bobagens, sem vontade de corresponder ao que considero imoral e antiético. Mas hoje, preferi agir como ela. Pensei muito e resolvi me calar.
Me calei para evitar a ignorância, a briga e o próprio desconforto que surge na maioria dos conflitos. No fim, depois que tudo passou (inclusive minha dor no estômago), percebi havia feito a escolha certa! Jogar minhas belas frases ao vento não daria muito certo mesmo.
Então, depois da sessão nostalgia, só posso dizer a esta persona que sim, eu sinto mesmo a falta dela. E não por acaso, aprendi muito com você... inclusive a gostar de Jack Johnson (my husband) haha.

Beijo, sua bonita!
E agora se liga na sessão naftalina.
(Ainda bem que o tempo é nosso amigo!)





18 de ago. de 2011

Capricórnio

A Capricorniana é capricornial
Como a cabra de João Cabral.
Eu amo a mulher de capricórnio
Por que ela nunca lhe põe os próprios.
A caprina é tão ciumenta
Que até o ciúmes ela inventa.
Mulher filé está aí: é cabra
Só que com muito abracadabra.
Suas flores: a papoula e o cânhamo
De onde vem o ópio e a maconha
Ela é uma curtição medonha
Por isso nos capricorniamos.

Vinícius de Moraes

12 de ago. de 2011

Vivam os leoninos!

Leão. Ta aí um signo com que eu me identifico. A criatividade, a postura, a generosidade e a forma com que os leoninos tem de olhar a vida é o que me faz ter um carinho especial por eles.
Há anos tenho conhecido pessoas deste signo, e todas, absolutamente todas, ocupam espaços importantíssimos nessa minha life.
A Daniela Valiente, por exemplo, é uma dessas pessoas. Uma amiga querida, que sempre me ouve, especialmente nas horas em que o bicho pega. A Dani é uma experiência a ser desvendada, uma mulher extremamente selvagem e sensível, assim como todo bom leonino.
Talvez ela até se veja de outra forma, mas pra mim, a Dani é a fotocópia de um leão, ou melhor, uma leoa, já que a mãe da Izadora e do Enzo não dispensa boas doses de educação.
Outro leonino danado é esse cara aí. Thiago "Lobão" Inforzato sempre me deixa meio muda com seus monólogos sobre a vida. Quando vejo o Lobão tenho vontade de dizer: "Babe, eu também tenho um plano!"
A experiência de vida do Lobão, e não só isso, a simplicidade dele, faz com que qualquer pessoa puxe uma cadeira no boteco para dois dedinhos de prosa e uma dose de conhaque.
E todo esse conjunto de coisas, de misturas, de orgulho e coragem é o que o que irradia, sempre.

E por sinal, hoje é aniversário dos dois! Da Dani e do Lobão.
Como escrevi no facebook, beberei um conhaque por ele e dançarei com a Lady Bera (a banda do marido da Dani) por ela!

Parabéns meus queridos! Toda felicidade do mundo pra vocês!

11 de ago. de 2011

Voltei!

Depois de algum tempo sem dar as caras, resolvi aparecer. Pois é, cheguei a conclusão de que é mesmo muito difícil manter um blog. Eu, que sempre achei delicioso escrever aqui, hoje estou podando minhas asinhas. É aquela coisa chamada insegurança, que vez ou outra bate na minha porta e demora a sair.

É como ser adolescente e não saber lidar com as mudanças no corpo, na voz e na mente. Talvez eu esteja realmente assim, como uma menina de 15 anos perdida no tempo, viajando no caos da minha pseudo juventude.

Tenho idéias que se publicadas virariam palavrões para alguns. Outras me colocariam como vítima de situações. Não é isso. Não é isso que quero. Quero estar bem, segura, otimista.

Aí sim voltarei a escrever... não como aquela Thays, que parafraseava sonhos, mas como alguém que continua a gostar das palavras.

O que falta é só um pouquinho de prazer e uma boa dose de conhaque!

Au revoir!

25 de jul. de 2011

Martha: o encanto da vida moderna

Não lembro exatamente quando “descobri” Martha Medeiros. Talvez tenha
sido no lançamento de Divã (o filme) ou pelas maravilhosas poesias e crônicas
que encontrei na internet. O fato é que há algum tenho me tornei uma leitora
assídua de Martha e como toda fã que se preze, tenho passado adiante toda
essa doçura da vida moderna.

Martha me conquista pela pouca cautela em tratar do cotidiano, em falar do
amor sem tantos galanteios, em ser profunda e divertida ao mesmo tempo.
Talvez me identifique com as histórias. Talvez muitas de nós sejamos assim.
Talvez eles também sejam assim, já que os homens estão inseridos na
comédia da vida privada e aos poucos estejam derrubando o preconceito de
que Martha seja uma escritora melhor compreendida pelas mulheres.

Quem não conhecia a escritora gaúcha teve recentemente a oportunidade de
ver uma parte de seu trabalho com a série Divã, exibida pela Rede Globo e
protagonizada por Lilia Cabral.
A série, que deixou saudade, é mais um exemplo de como a rotina de uma
simples mulher pode render grandes surpresas!

Hoje, convido vocês, leitores, a desfrutarem desta que pra mim é uma das mais belas escritoras da atualidade. Para isso, selecionei algumas das minhas frases preferidas, daquelas em que eu leio e releio frequentemente.
A idéia é apenas instigá-lo a correr para a livraria em busca de Martha. Além
do conhecidíssimo Divã, ela é autora de diversas obras como “Doidas e
Santas”, “Coisas da Vida”, “Cartas Extraviadas e Outros Poemas”, “Meia Noite
e um Quarto”, “Topless”, “Trem Bala”, e o mais recente “Fora de Mim”, que eu
super recomendo!
E para quem realmente gosta de poesia, contos e crônicas, a leitura de
Adélia Prado, Clarice Lispector, Ana Maria Machado e Lya Luft também são
recomendadas!

“O tempo não cura tudo. Aliás, o tempo não cura nada, o tempo apenas tira o
incurável do centro das atenções”

“Gostar de alguém é função do coração, mas esquecer, não. É tarefa da
nossa cabecinha, que aliás é nossa em termos: tem alguma coisa lá dentro
que age por conta própria, sem dar satisfação. Quem dera um esforço de
conscientização resolvesse o assunto (...)”

"Nada tenho a ver com não gostar de mim. Me aceito impura, me gosto com
pecados, e há muito me perdoei."

"Adoro massas cinzentas, detesto cor-de-rosa. Não me considero vítima de
nada. Sou autoritária, teimosa, impulsiva e um verdadeiro desastre na cozinha.
Peça para eu arrumar uma cama e estrague meu dia. Vida doméstica é para os
gatos."

"Não gosto que me peçam para ser boa, não me peçam nada, mesmo aquilo
que eu posso dar. As relações de dependência me assustam. Não precisem
de mim com hora marcada e por um motivo concreto, precisem de mim a
todo instante, a qualquer hora, sei ouvir o chamado silencioso da amizade
verdadeira, do amor que não cobra, estarei lá sem que me vejam, sem que me
percebam, sem que me avaliem."

5 de jul. de 2011

Quando mudar já não era a palavra...

Há algum tempo percebi que havia algo errado. Era a minha vida, mas alguma coisa me dizia que aquele não era o lugar. Tudo fugia aos meus princípios... nada mais me completava. Precisava mudar, e mudei. Conheci novas pessoas, viajei, fiz cursos, aprendi novos idiomas, ouvi toda a discografia do Beatles, li os belos clássicos de Machado de Assis e então voltei. Voltei a realidade e descobri que tudo estava como antes.

Não bastava ter um cabeça quando todo o resto tinha outra. Não adiantava pensar no futuro quando a maioria ainda estava atrelada ao passado. E por fim, não adiantava tentar mudar aquele cenário. Era eu quem precisava sair dele.

E saí.

26 de jun. de 2011

A dor que mais dói


“Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade (...)”

O poema acima da Martha Medeiros é um dos meus favoritos. Daqueles que eu releio com frequência e sempre cito para algum amigo apaixonado e cheio de saudade. Gosto dele pela simples comparação entre o amor e a dor, pela sutileza das palavras e pela forma com que a autora explica o presente e o futuro dessa saudade. Gosto principalmente por entender cada uma dessas frases e não me sentir a mais solitária das mulheres. (Leia o poema na íntegra).

“A dor que mais dói” me veio à cabeça recentemente, quando ouvi de uma pessoa muito especial o desabafo sobre a descoberta de uma traição barata. Pensei naquela dor como no dia em que conheci a minha dor. (A mentira dói e muito mais que um dedo trancado na porta).

A não ser quem já foi traído, ninguém mais é capaz de compreender os sentimentos de fúria e depressão que tomam conta da gente. Tudo de torto, de cruel e paranóico passa a fazer parte das nossas idéias, dos nossos dias, das nossas noites. Vingança é só a primeira palavra de uma frase de efeito banal que realmente não levará a nada. Por isso a busca entra como um bom remédio para aliviar as dores.

Buscar um novo curso de idiomas, um novo trabalho como freelancer, um novo livro, uma academia. Buscar a paz de espírito e o conhecimento em qualquer lugar que seja. Nessa busca, inclua também os novos amigos, daqueles que você poderá dar boas gargalhadas num sábado à tarde ou ir ao cinema no domingo à noite e beijar muito, por horas seguidas.

Acreditei nessa busca e hoje a enxergo como uma grande aliada.

E já que a idéia é não poupar conselhos: esqueça essa balela de tempo. A dor da traição demora pra passar e talvez nunca passe. O que passa são esses sentimentos bobos e essas perguntas malucas que norteiam nossa cabeça. Aliás, umas boas taças de vinho também ajudam.

“Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer"

6 de jun. de 2011

O tempo não cura tudo.

Aliás, o tempo não cura nada.

O tempo apenas tira o incurável do centro das atenções.

Martha Medeiros


27 de mai. de 2011

O batom vermelho!

E quando o dia dos namorados se aproxima tudo em mim me “faz relembrar”...Ta bom é mentira. Nada de musiquinha romântica essa hora, quero apenas utilizar meu blog para mais um desabafo nada comovente. Porque será que este dia faz tão mal aos solteiros? E me desculpe o solteiro que se afirma o “bonzão” ou a “gostosona”, mas no meu ponto de vista, o dia dos namorados DÓI para todos os que estão sozinhos.

Então a gente sofre e olha no calendário desejando que o 12 de junho caia realmente num domingo... assim quem sabe a dor diminui...Você não precisa ver todas as mulheres do trabalho recebendo flores, bonbons, indo jantar fora, fazendo planos de uma noite mega romântica. O fato é que tenho inveja sim, BRANCA, mas tenho. E talvez nem a branca seja boa né?

Aí eu me pergunto: O que fazer nessa situação? Me jogar que nem doida numa dessas festas dos solteiros ou fingir que o negócio não é comigo? Acho que prefiro a segunda opção, mesmo porque – apesar da aparência – não sou tão louca quanto imaginam.

Na busca em atrair um namorado bonitão, comprei até um batom vermelho, daqueles lindooos que deixam a boca com cor de cereja, mas é claro que a doida-santa aqui não conseguiu botar o pé pra fora de casa com ele. E olha que as tentativas não foram poucas. Já passei mais dez vezes, e quando chega a hora, pego um guardanapo e tiro tudo. Não sei, mas tenho a sensação de que quando passo o batom, uma faixa escrita “me dêem atenção” aparece grudada na minha testa. Não, definitivamente eu não preciso de um batom vermelho pra arrumar namorado. [Ou preciso? Haha]

Como diz minha mãe e todas as amigas namoradeiras, “uma hora ele chega”. Basta saber quando, porque até lá, acho que devo manter os testes com o batom...

Ah sim, mesmo que de mentirinha, aceito presentes no dia 12. Obrigada!




24 de mai. de 2011

Até outro dia éramos adolescentes bobos cujo as preocupações limitavam-se ao trabalho de conclusão de curso e a escolha da música da formatura. E como era bom o tempo em que tudo podia ser resolvido no bar da esquina da faculdade. - Seu Zé, me vê mais uma pra curar a dor de amor da minha amiga aqui. -Seu Zé, hoje não temos nem pro pastel, tem como pendurar?
Talvez hoje eu perguntasse ao seu Zé: - E agora? faz como?

E toda aquela história de grandes profissionais do futuro, de salvar a humanidade, de sermos exemplos para os nossos filhos? E todos aqueles sonhos de passar no melhor concurso, de fazer mestrado fora do país, de falar cinco ou até seis idiomas, de ganhar uma boa grana e ajudar a família toda? Onde eles estão agora?

Entramos para o mercado de trabalho, fizemos nossas escolhas, corremos atrás do que era possível e descobrimos os dois lados da coisa. E o restante? Bem, o restante ficou ali, guardado junto com aqueles sonhos de adolescentes.

E quando penso que estou neste barco sozinha, sento com dois amigos para jantar - agora na cozinha da minha casa - e o que escuto são desabafos. Não de pessoas infelizes, mas de amigos cansados da situação. E infelizmente nãopodemos mudar o mundo, podemos apenas MUDAR.
Mudar a nossa relação, o movimento, os caminhos...
Como eu queria ser a Elizabeth Gilbert esta hora. Fazer as malas e correr o mundo. Voar pra bem longe, organizar meus pensamentos, meditar, correr, me apaixonar sem medo.
Mas hoje o que eu e eles estamos fazendo é esperar.
Esperar o momento certo, que talvez não chegue tão cedo.

21 de mai. de 2011

amar é formidável!

amar é massa, amar é natural, amar é dizer tudo só no olhar, amar é pular e cair de pé, amar é ter travesseiro do "amar é...", amar é cuidar, amar é acordar e ver você dormir, amar é viver a vida, amar é acordar de manhã cedo pra fazer a vitamina de banana, amar é sorrir no bom-dia, amar é sentir saudade mesmo estando juntinho, amar é juntar tudo em dois corações, amar é bala, amar é dar carinho antes de dormir, amar é tratar bem, amar é apertar, amar é acender o fogo da paixão e curtir a brasa do amor, amar é lindo e faz bem, amar é viver feliz, amar é mais musical, amar é uma delícia, amar é tudo, amar é normal.

formidável família musical

11 de mai. de 2011

Eu entro nesse barco, é só me pedir.
Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou.
Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes.
Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia.
Mas você tem que remar também.
E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir.
Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia.
Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo.
Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir.
Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto.
Eu te ensino a nadar, juro!
Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças!
Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser à toa, que vale a pena.
Que por você vale a pena.
Que por nós vale a pena.
Remar.Re-amar.
Amar.

(Caio F. de Abreu)

10 de mai. de 2011

Não mostre os dentes

Essa foi a dica que recebi de um colega sobre “como tratar pessoas inconvenientes”.

Não sei por que, mas de uns tempos pra cá tenho tido o desprazer de encontrar pessoas assim pelo caminho.Dia desses, estava tomando café da manhã com a minha avó quando chegou um agente da dengue para fazer a inspeção na casa. Abrimos o portão, mostramos o quintal e ele foi ao trabalho. Passados cinco minutos, o sujeito aparece na porta da cozinha dizendo que o jardim estava bem cuidado e não havia focos do mosquito. Até aí tudo bem. Não fosse minha avó – por pura educação – oferecer um café para a pessoa, que sentiu-se íntima da família, puxou uma cadeira e começou a contar as histórias da vida. O cidadão falou dos trabalhos que teve, das experiências boas e ruins, da família que morava em Minas Gerais e atenção: disse até que queria comprar uma calça legging (como a que eu estava usando) para a mulher dele. Sem entender direito tudo aquilo, olhei para o tal agente [depois de uns 15 minutos de falação] e disse que tínhamos compromisso. Ele, sem parar de falar, agradeceu o café e foi embora.

Neste instante já me preocupei. Conversei com a minha avó a respeito do tal funcionário da Prefeitura e pensei: das duas uma: Ou o barnabé gosta de matar serviço ou está se prevalecendo do trabalho para armar o bote. Minha avó já o entendeu como um mineiro tagarela. Mas pra mim isso tem outro nome.

Não, não sou paranóica, mas nos dias de hoje desconfio até da sombra.

O que acontece é que muitas dessas pessoas tem esbarrado comigo e por educação de berço não consigo ser grosseira a ponto de fazê-las cair na real. Mas então vem as perguntas: Não seria a hora de inventarem o manual de boas práticas ou algo bem simples com o titulo "COMO NÃO SER INCONVENIENTE”?

Melhor: Para ser eficiente o ideal é que se ligue o "sitocômetro". Aquele aparelinho que todo mundo guarda na última gaveta do cérebro. Quem sabe assim, os meus e os seus dias querido leitor tornem-se melhores e mais felizes!

8 de mai. de 2011

my first love

Tinha onze anos quando me apaixonei pela primeira vez. Estava na sexta e ele na sétima série da escola. Éramos duas crianças que pegavam nas mãos, trocavam selinhos e passavam horas no telefone. (- Desliga você. - Não, desliga você!).
Passamos pouco mais de um ano como namorados assumidos, mas o primeiro beijo? Ah, esse demorou pra acontecer. Nossos amigos já sabiam que namorávamos, mas nunca tinhamos trocado um beijo de verdade.
Pra mim, o beijo no rosto já era sinal de amor, de respeito. Pra mim, pegar na mão dele já significava tudo. Mas ele não. Como todo bom menino de 13 anos, ele já queria beijar, contar para os amigos. Um dia, fui convidada pra ir ao aniversário da irmã mais nova dele. Já tinha até desconfiado das intenções. Com certeza meu namorado estava planejando me beijar naquele dia. Dito e feito. Em um determinado momento na sala da casa dele, todos os amigos abandonaram o local - ou melhor, arranjaram um esconderijo para espiar nosso primeiro beijo. Pensando como uma menina de onze anos que mal tinha conversado com as amigas sobre o tema em questão, fui logo me afastando e ligando pra minha mãe! Ela me salvou. Mas não por muito tempo.

Fiz doze anos e ele quatorze. Já não tinha mais certeza se era a única na vida dele, mas continuava a receber cartinhas de amor e cartões em datas especiais. Um dia qualquer, ele me convidou para jogar tenis em um clube. Sabia que aquele era o momento. Não tinha mais como escapar. Naquela dia, passei horas na frente do espelho. Queria realmente estar bonita para aquele que era o menino mais lindo e querido da escola. Fui ao clube, não para jogar, apenas para beijá-lo. A essa altura, ja estava decidida. Ou beijava, ou perdia o namorado.

Minutos depois do final do jogo, ele veio ao meu encontro no banco que dava para a frente da quadra. Sem pensar, nos olhamos, e nos beijamos e beijamos e beijamos...
Nada foi mais bonito que aquele momento. Aquele único momento.
Quando paramos de nos beijar, pareciamos dois desconhecidos. Não sabiamos como reagir, como falar... ou não falar. Por um longo tempo, ficamos mudos, olhando pro nada. Éramos dois estranhos vivendo um dia estranho.

Em segundos, meu primo surgiu me chamando para ir embora. Levantei do banco, olhei nos olhos dele e disse adeus. Era realmente nosso primeiro e único beijo. Ele sabia que depois daquele dia,não seriamos mais namorados. Não havia qualquer problema no beijo, o que houve foi a interrupção de um tempo sagrado. Eramos duas crianças. Tinhamos muito o que aproveitar antes de nos tornarmos adolescentes. O beijo tinha sido maravilhoso, mas o nosso amor era muito melhor. O beijo no rosto, o toque das mãos, o perfume e aqueles olhos verdes me olhando eram para as melhores coisas do mundo. E tudo, tudo ficou para tras da noite para o dia.

Depois dele, eu aprendi o que minha mãe sempre disse sobre o tempo: Adiantar a ordem natural dos encontros pode não ser a melhor escolha. Naquele dia não foi.
E sempre que eu penso em correr, páro e lembro dele.
Do meu primeiro amor, que foi intensamente lindo e rapidamente desperdiçado.

30 de abr. de 2011

Respect for all!

O tal ditado “Não leve a vida tão a sério” deveria ser colado na parede do quarto de muitas pessoas. Desse jeito quem sabe não precisaríamos aturar mal humor e os desaforos alheios.

Entendo pouco da vida, tenho só 23 anos, mas confesso que já passei por poucas e boas... o suficiente pra me achar crescida o bastante para dar esse tipo de conselho: Meu amigo, relaxe!

Exatamente porque o que mais vejo são pessoas insatisfeitas com suas vidas, tristes, depressivas e na maioria das vezes INSUPORTÁVEIS. O pior de tudo isso é que no auge destas crises, nós, meros mortais, somos obrigados a estar no meio, a ouvir, a ser mau tratados...assim, de graça.

Minha mãe me ensinou a sempre ter autocontrole e “deixar pra lá”, porque tudo sempre passa. Mas hoje eu começo a pensar diferente. Não acho justo alguém depositar o saco das decepções em cima de outras pessoas e especialmente em cima de mim. Meu caro, ninguém tem nada a ver com a sua vida, tá lembrado? Ninguém tem nada a ver com as suas frustrações e seus problemas! Acho bom recordar que uma hora a casa cai e quando ela cai, já não tem mais nada dentro...a começar pelos amigos, que vão todos embora.

24 de abr. de 2011

Páscoa querida!

Quando éramos crianças, Thayná e eu acordavamos as seis horas da manhã para procurar ar as cestas com ovos de páscoa. Disputávamos quem iria encontrar primeiro e aos gritos uma alertava outra sobre o ''achado''. Naquela época costumavamos menosprezar a criatividade da nossa mãe. Achávamos que ela esconderia os chocolates nos mesmos lugares que no ano anterior, e é claro que isso não acontecia.
Passávamos um bom tempo procurando - e olha que nossa casa nem é tão grande assim. O problema era a nossa falta de criatividade e não a dela, que sempre surpreendia.
Assim que descobertas, corriamos com as cestas para o quarto acordar papai e mamãe. Nossa páscoa começava ali, com quatro pessoas amontoadas numa cama de casal logo nas primeiras horas da manhã. Quando acordado, meu pai ligava a tv para ver a Fórmula 1 e gostando ou não, continuávamos ali, desembrulhando os ovos e ouvindo os barulhos dos motores. [E é exatamente este barulho que muitas vezes me acalma. A fórmula 1 virou a minha fórmula!]

Hoje a páscoa foi diferente. Optamos em trocar barras de chocolate e não ovos, já que ninguem quer engordar demais. Para mamãe comprei um ovo, ela merece! Minhas avós não perderam o costume de presentear os netos, mesmo sabendo que agora eles é que podem presentear. O almoço em família foi digno de foto para o retrato da sala de jantar - pena que ninguem nunca lembra de tirar. A tarde - totalmente familiar - passou num piscar de olhos,e até agora, no fim de noite, ninguém cojitou a palavra "segunda-feira".

Os anos passaram, as cenas mudaram, mas a Páscoa continua me encantando, não apenas pelo real significado dela, mas tambem por essa união. Por esses momentos que me fazem ter certeza da reciprocidade que existe aqui, nesta familia "portuguesa com certeza"!
Hoje eu só posso agradecer e desejar que todos tenham um Feliz domingo de Páscoa, assim como eu tive!

15 de abr. de 2011

times like these

Pensei que precisava fazer a lista dos sonhos. Aqueles que a gente planeja para um dia realizar ou simplesmente aqueles que nunca vão acontecer, mas servem de boas risadas pro mundo. Na lista tambem deveriam contar todos aqueles acontecimentos malucos que marcaram a minha vidinha bonita. Reais ou imaginários, o fato é que eles existem e precisam ser registrados no papel.

Um bloquinho com folhas em branco, caneta e lá se foram meus planos, desejos, idéias e prazeres. Revirando e encontrando detalhes entre eles, notei que faltava algo importante. Comentei com alguém que no meu bloquinho dos sonhos não constava um grande amor. Não havia anotado por puro esquecimento. Estaria eu ficando louca ou o amor já não era mais o ponto principal da minha vida? Com olhos de bom moço, esse alguém me disse: “Não precisa escrever sobre ele e tão pouco se esconder da felicidade. O amor é tão amigo, generoso e sincero que quando se aproxima a gente nem nota”. Mas a questão não é essa. Parei pra pensar e descobri que o ‘tal’ amor nunca existiu. Eu achava que tivesse existido, mas não. Ele não apareceu ainda. Será isso um problema ou a razão para tal?


It's times like these
You learn to live again,
It's times like these
You give and give again
It's times like these
You learn to love again,
It's times like these
Time and time again

6 de abr. de 2011

Eu, modo de usar

Pode invadir
Ou chegar com indelicadeza,
Mas não tão devagar que me faça dormir.
Não grite comigo, tenho o péssimo habito de revidar...

Toque muito em mim
Principalmente nos cabelos
E minta sobre a nocauteante beleza.

tenha vida própria,
Me faça sentir saudades,
Conte algumas coisas que me fazem rir...
Viaje antes de me conhecer,
Sofra antes de mim para reconhecer-me...
Acredite nas verdades que digo
E também nas mentiras, elas serão raras
e sempre por uma boa causa.

Respeite meu choro,
Me deixe sozinha,
Só volte quando eu chamar e,
Não me obedeça sempre
que eu também gosto de ser contrariada
Então fique comigo quando eu chorar, combinado?

Me conte seus segredos...
Me faça massagem nas costas
Não fume,
Beba,
Chore,
eleja algumas contravenções.
Me rapte!
se nada disso funcionar...

Experimente me amar!

Martha Medeiros

31 de mar. de 2011

Fuck you

Se algo está em falta nesse mundo é o respeito.

Como era bom o tempo em que ele existia nas casas, nas escolas, nas empresas...Como era gostoso ser bem atendida, responder a uma gentileza e sorrir para as pessoas. Hoje, no auge desta ausência, sinto que o mundo está cada vez pior. Mas para não generalizar logo de cara, falarei de Foz do Iguaçu, uma cidade no interior do Paraná, que por sobreviver do turismo deveria dar exemplos as grandes metropoles.

Infelizmente, o que acontece é o contrário.

O que vejo – e diariamente – são pessoas mal humoradas, insatisfeitas com seus empregos ou os rumos da vida. Gente que deveria estar em casa dormindo e tomando maracugina ao invés de trabalhar, estar no trânsito ou lidar com as pessoas. E falo da falta de respeito de forma geral, desde cobradores de ônibus, atendente de farmácia, padeiro, garçom, vendedores, lojistas até o gerente do banco. Pessoas como eu e você, mas que por algum motivo (falta de sexo) acordam azedas diariamente e insistem em estragar a vida alheia.

Não são raras as ocasiões em que eu ou qualquer colega de profissão é obrigado a ouvir desaforos – por telefone ou pessoalmente. E a única conclusão a que chego é: pessoas mal informadas não deveriam emitir opiniões, uma vez que estas sempre serão infundadas e sem importância.

“Porque no te callas?” diriam nossos hermanos. E esta é a frase que gostaria de dizer toda vez que preciso lidar com pessoas mal educadas. Porque vocês não fecham a boca? Hein hein? (É claro que não escreverei a lista de palavrões que me passam à cabeça neste momento, já que eu sempre fico na vontade e nunca revido o mal educado).

O pior de tudo isso é que quando somos bem atendidos em uma loja por exemplo, achamos isso o máximo, indicamos aos amigos e voltamos sempre ao lugar. Quando na verdade este comportamento deveria ser comum.

Sabe aquele ditado do “faça o bem sem olhar a quem"? Pois então, seguirei a risca o que vovó me ensinou. Manterei minha postura e minha total sensatez toda vez que uma senhora desvairada ligar as 19h00 a redação de um jornal (cujo horário de fechamento comercial é as 18 horas) achando ser a dona do mundo. Nestas horas, faço minha tarefa para situações de terror: conto até dez e penso em muitas, muitas palavras feiras!

Por que afinal, mais vale manter a educação do que se aliar ao grupo dos mal amados.

Fuck you.

Fuck you very, very much