27 de set. de 2010

Viva o Kiko!

Reza a lenda que Carlos Drummond de Andrade um dia escreveu: “Quem não tem namorado é alguém que tirou férias remuneradas de si mesmo”. Caso o texto (que pode ser lido na íntegra aqui) não seja mesmo do autor, eu ainda concordo em gênero, numero e grau com todos os tópicos levantados.
Resolvi buscar o texto na internet ao me dar conta de que namorado [as vezes] faz falta.
Eis a situação: Estou eu, trabalhando em uma segunda-feira nublada na cobertura de um evento em um shopping da cidade. Vou acompanhada do Francisco [vulgo Kiko], o fotografo do jornal. O Kiko é daqueles caras que já escutou todas as histórias de amor, já conhece seus ‘ex-ficantes’, os não ficantes, os gatinhos e não gatinhos. Na verdade, entre uma pauta e outra, ele também me conta das namoradas e namorinhos dele, mas sou eu quem sempre bate os recordes de falação. É ele também que sempre empresta uns trocados pra comprar um risoles ou uma coxinha de frango na padaria. E hoje, o Kiko resolveu me pagar uma casquinha do Mac Donalds. [Juro que estou rindo só de lembrar a cena]. Kiko olha pra mim e diz: Você quer um sorvete? E eu, no modus operandi [grossa-jornalista-falida] respondo: Você vai pagar? E o querido Kiko responde com sutileza: Claro Thays! Então ele me compra a casquinha e eu agradeço com o coração partido. (Sou meio grossa às vezes). Olhei pra ele e disse: Kiko, faz tanto tempo não ganho um sorvete que tô até feliz. [Pausa para o momento Kiko rindo da minha cara]. Acho que ele preferiu não falar nada para evitar que eu o xingasse novamente. Então lembrei de outro dia quando ele me emprestou o cartão de crédito na farmácia pra pagar por um Atroveran [o remedinho favorito das mulheres em dias de TPM]. O atendente da farmácia deu até uma risadinha e soltou o comentário: “A conta é sempre deles, não é?”. Achei tão desnecessário aquele comentariozinho petulante que nunca mais voltei a tal farmácia. Depois de muito pensar, notei que um namorado realmente faz falta em algumas situações, mas neste momento, ainda prefiro pagar o que devo ao Kiko e me deliciar com a casquinha do Mac paga com gentileza por um grande e querido amigo!
E não, não pensem besteiras quanto ao Francisco. Ele não merece! Somos capricornianos com gênios completamente diferentes, mas na convivência diária com essa pessoa descobri um amigo e tanto para dividir meus “podres” e minhas alegrias de vida!Viva o sorvete, os cafés e as coxinhas da padaria! Viva o Kiko!

23 de set. de 2010

Tenho procurado o lugar onde guardei minhas emoções.
Não lembro de um dia as ter escondido, mas comecei a sentir falta com a chegada da primavera.
Não quero observar todas essas cores sem ter o coração decorado.
Não quero ver a chuva que traz o verão sem a alegria despertada dentro de mim.
Não quero escrever sem ser conduzida por elas.
Imagino que de tanto apanhar, elas tenham me dado férias.
Talvez estejam por aí, dividindo as alegrias com alguém que realmente faça por merecer.
Comecei minha busca, mas resolvi esperar.
Acho que elas voltam. [Um dia voltam!]
Preciso delas aqui, comigo, vibrantes e com sorrisos de enfeitar a vida!

Ps.: Quando vocês voltarem, falem-me de amor!

20 de set. de 2010

Socorro!
Alguém me dê um coração
Que esse já não bate nem apanha
Por favor!
Uma emoção pequena, qualquer coisa!
Qualquer coisa que se sinta...
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva.

Arnaldo Antunes

13 de set. de 2010

Escrevo tantas linhas para definir o indefinível
Há quem diga que para falar de amor é preciso sofrer
Há quem pense que a paixão dura apenas seis meses
Há quem ache tudo isso uma besteira.
.
Já eu, levanto a bandeira!
Falo do amor com a sutileza que ele merece
Não sou experiente de causa e tão pouco admiradora da excentricidade
Estou apenas dialogando com ele
Deixando fluir, entende?
.
Hoje  falo do amor com cautela, respeito, admiração e cumplicidade. 
E é assim, dessa forma simples e ingênua que mantenho meu apreço e meus sinceros agradecimentos!

“Admiro o que há de lindo e o que há de ser você!”

12 de set. de 2010

Amor é quando é concedido participar um pouco mais.
Amor é a grande desilusão de tudo mais.
Amor é finalmente a pobreza.
Amor é não ter inclusive amor.
É a desilusão do que se pensava que era amor.
Amor não é prêmio por isso não envaidece.

Clarice Lispector

11 de set. de 2010

O casamento da melhor amiga

Minha amiga Karen se casou sábado passado. Não faz muito tempo (ahan!)  brincávamos de boneca. As portas do meu guarda roupa ainda levam a assinatura dela. Lembro que minha mãe brigou muito ao perceber a “obra de arte” que fizemos ali. É estranho olhar para uma menina e perceber que ela cresceu.
Sim, nós crescemos!
Nunca duvidei do destino da Karen. Sempre soube que ela realizaria seus sonhos, que seria feliz – pelo menos sempre correu atrás disso. A Karen nunca esperou autorização de alguém pra fazer aquilo que achava certo. Pra mim, ela é um modelo de descrição, equilíbrio e bom senso. Fui convidada para ser madrinha do casamento dela com o Marcelo, o namorado que pouco conheci, mas que gostei logo de cara. 
Consigo perceber o amor do Marcelo pela Karen só de olhar pro rosto dele. Os olhos sempre brilham com aquele jeito de menino bobo.
O relacionamento deles nunca foi do tipo “te amo para sempre”. Tanto a Karen quanto ele nunca precisou expor a vida amorosa aos demais. (Modelo de descrição ao qual também me refiro). Os dois sempre mantiveram os votos de amor em sigilo. (Afinal, quem mais além deles precisam aprovar ou desaprovar o amor?). Não precisaram de orkut, twitter, facebook ou coisas do tipo. Viveram um namoro sólido, cheio de alegrias, viagens e muito amor!
Não sei ao certo, mas acho que foram três anos de namoro para o então casamento. E olha, fazia tempo que não via um casal tão feliz!  De um lado a noiva dançando até o chão, do outro, o noivo cantando em cima do palco os “hits” de Ivete Sangalo e Babado Novo. A noite foi de muita bebedeira, música e festa que não acabava mais! Mesmo com a folia, consegui conversar muito com a Karen, que ainda tentava “me arranjar” um amigo do noivo – "Não Karen, tô bem assim", era o que eu tentava dizer. Mas, como sempre, ela jamais me dava ouvidos e tentou ao longo da noite me “arrumar um corpinho”. (Podem rir, porque eu ri muito!).
Entre um gole e outro de wisky com guaraná, dancei, ri e rodopiei com a noiva. “E vai rolar a festa, vai rolar!”
Depois de muitas dores no pé, olhei para Karen e disse: Vai para o hotel menina, vai curtir sua lua de mel.E com um sorriso de orelha a orelha, ela me olhou e disse:
- Thays, lua de mel eu vou viver pro resto da vida. Festa de casamento eu só tenho uma! 
Realmente, ela tinha razão!
Então voltamos para a festa e aproveitamos até o ultimo minuto!



9 de set. de 2010

Dei férias aos pensamentos.
Preciso manter a mente quieta por alguns dias.
Fugir desse marasmo e controlar meus sentimentos.
Vou ali, mas volto já!

1 de set. de 2010

Logo eu, que sempre acreditei no amor, estou prestes a cometer suicídio.
O suicídio do amor.
Logo eu, que sempre mantive os olhos de menina e o coração aberto as novas paixões, estou a um palmo de me virar do avesso e cantarolar para o mundo minha total e plena liberdade.
E agora? Agora Vivre la vie, vous!