Tomando café hoje cedo na redação do jornal senti uma saudade danada da Aline. Olhei para o lugar dela (hoje ocupado por uma nova funcionária) e pensei alto: Quanto tempo não tomamos café juntas.
O que antes era um hábito quase que diário, hoje fica só na lembrança de um dia voltarmos a ouvir Better Together juntas. Antes de começarmos pra valer o trabalho na redação, Aline e eu tínhamos o hábito de ler o jornal, tomar o café e comer nosso pãozinho, hora acompanhado de um pão de queijo, hora acompanhado de uma frutinha (enviada pelo pai dela).
Não havia muita conversa, apenas a certeza de estarmos ali, e precisando, prontas para ouvir uma o desabafo da outra.
Os dias eram como em toda boa redação: tumultuados, mas felizes. Na maior parte das vezes era a Aline quem me ouvia, e ela ouviu muito diga-se de passagem. Tenho quase certeza que a Aline foi a pessoa que mais ouviu sobre minhas tristezas, meus amores mal resolvidos, meus problemas financeiros e meus sonhos...(e quantos foram os sonhos!)
Era ela também quem sempre me aconselhava a falar menos e ouvir mais, a guardar as mágoas e levantar a cabeça. Hoje, no auge da minha frustração, pensei na Aline e em como ela contornaria a situação.
Talvez Aline ficasse quieta, como ficou muitas vezes. Talvez ela fosse ao banheiro chorar escondido (como eu e ela fizemos algumas vezes). Talvez ela simplesmente falasse que aquilo não era certo, mas com toda a cautela e educação que sempre teve.
Ao contrário da Aline, sou o que se pode chamar de pessoa imlpusiva, sem papas na lingua, sem paciência para o errado, sem tempo para discutir bobagens, sem vontade de corresponder ao que considero imoral e antiético. Mas hoje, preferi agir como ela. Pensei muito e resolvi me calar.
Me calei para evitar a ignorância, a briga e o próprio desconforto que surge na maioria dos conflitos. No fim, depois que tudo passou (inclusive minha dor no estômago), percebi havia feito a escolha certa! Jogar minhas belas frases ao vento não daria muito certo mesmo.
Então, depois da sessão nostalgia, só posso dizer a esta persona que sim, eu sinto mesmo a falta dela. E não por acaso, aprendi muito com você... inclusive a gostar de Jack Johnson (my husband) haha.
Beijo, sua bonita!
E agora se liga na sessão naftalina.
(Ainda bem que o tempo é nosso amigo!)
Criado em 2007 para atividades extra-curriculares no curso de Jornalismo, o blog se tornou um diário, um encontro comigo mesma, talvez até um cano de escape. Nele, estão pensamentos, opiniões, poesias, músicas, e tudo o que me interessa. Tudo o que nos interessa. Meio fora de moda, ele continua sendo meu queridinho, e espero que assim seja para todos vocês!
19 de ago. de 2011
18 de ago. de 2011
Capricórnio
A Capricorniana é capricornial
Como a cabra de João Cabral.
Eu amo a mulher de capricórnio
Por que ela nunca lhe põe os próprios.
A caprina é tão ciumenta
Que até o ciúmes ela inventa.
Mulher filé está aí: é cabra
Só que com muito abracadabra.
Suas flores: a papoula e o cânhamo
De onde vem o ópio e a maconha
Ela é uma curtição medonha
Por isso nos capricorniamos.
Vinícius de Moraes
12 de ago. de 2011
Vivam os leoninos!
Leão. Ta aí um signo com que eu me identifico. A criatividade, a postura, a generosidade e a forma com que os leoninos tem de olhar a vida é o que me faz ter um carinho especial por eles.
Há anos tenho conhecido pessoas deste signo, e todas, absolutamente todas, ocupam espaços importantíssimos nessa minha life.
A Daniela Valiente, por exemplo, é uma dessas pessoas. Uma amiga querida, que sempre me ouve, especialmente nas horas em que o bicho pega. A Dani é uma experiência a ser desvendada, uma mulher extremamente selvagem e sensível, assim como todo bom leonino.
Talvez ela até se veja de outra forma, mas pra mim, a Dani é a fotocópia de um leão, ou melhor, uma leoa, já que a mãe da Izadora e do Enzo não dispensa boas doses de educação.
Outro leonino danado é esse cara aí. Thiago "Lobão" Inforzato sempre me deixa meio muda com seus monólogos sobre a vida. Quando vejo o Lobão tenho vontade de dizer: "Babe, eu também tenho um plano!"
A experiência de vida do Lobão, e não só isso, a simplicidade dele, faz com que qualquer pessoa puxe uma cadeira no boteco para dois dedinhos de prosa e uma dose de conhaque.
E todo esse conjunto de coisas, de misturas, de orgulho e coragem é o que o que irradia, sempre.
E por sinal, hoje é aniversário dos dois! Da Dani e do Lobão.
Como escrevi no facebook, beberei um conhaque por ele e dançarei com a Lady Bera (a banda do marido da Dani) por ela!
Parabéns meus queridos! Toda felicidade do mundo pra vocês!
Há anos tenho conhecido pessoas deste signo, e todas, absolutamente todas, ocupam espaços importantíssimos nessa minha life.
A Daniela Valiente, por exemplo, é uma dessas pessoas. Uma amiga querida, que sempre me ouve, especialmente nas horas em que o bicho pega. A Dani é uma experiência a ser desvendada, uma mulher extremamente selvagem e sensível, assim como todo bom leonino.
Talvez ela até se veja de outra forma, mas pra mim, a Dani é a fotocópia de um leão, ou melhor, uma leoa, já que a mãe da Izadora e do Enzo não dispensa boas doses de educação.
Outro leonino danado é esse cara aí. Thiago "Lobão" Inforzato sempre me deixa meio muda com seus monólogos sobre a vida. Quando vejo o Lobão tenho vontade de dizer: "Babe, eu também tenho um plano!"
A experiência de vida do Lobão, e não só isso, a simplicidade dele, faz com que qualquer pessoa puxe uma cadeira no boteco para dois dedinhos de prosa e uma dose de conhaque.
E todo esse conjunto de coisas, de misturas, de orgulho e coragem é o que o que irradia, sempre.
E por sinal, hoje é aniversário dos dois! Da Dani e do Lobão.
Como escrevi no facebook, beberei um conhaque por ele e dançarei com a Lady Bera (a banda do marido da Dani) por ela!
Parabéns meus queridos! Toda felicidade do mundo pra vocês!
11 de ago. de 2011
Voltei!
É como ser adolescente e não saber lidar com as mudanças no corpo, na voz e na mente. Talvez eu esteja realmente assim, como uma menina de 15 anos perdida no tempo, viajando no caos da minha pseudo juventude.
Tenho idéias que se publicadas virariam palavrões para alguns. Outras me colocariam como vítima de situações. Não é isso. Não é isso que quero. Quero estar bem, segura, otimista.
Aí sim voltarei a escrever... não como aquela Thays, que parafraseava sonhos, mas como alguém que continua a gostar das palavras.
O que falta é só um pouquinho de prazer e uma boa dose de conhaque!
Au revoir!
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