Criado em 2007 para atividades extra-curriculares no curso de Jornalismo, o blog se tornou um diário, um encontro comigo mesma, talvez até um cano de escape. Nele, estão pensamentos, opiniões, poesias, músicas, e tudo o que me interessa. Tudo o que nos interessa. Meio fora de moda, ele continua sendo meu queridinho, e espero que assim seja para todos vocês!
30 de jun. de 2010
Tô inventando uma maneira de não pensar tanto em você.
Eu não preciso né?
Não! Preciso sim. Preciso diariamente, o tempo todo.
Sabe aqueles sintomas de saudade que começam a tomar conta?
Pois é, eles bateram na minha porta.
É praticamente um vício, como o café.
Eu preciso dele pra me sustentar.
Preciso dele para alegrar meu dia e satisfazer minha ansiedade.
E eu? Bem, eu fico tentando tapar o sol com a peneira, tentando ficar mais bonita, tentando não gritar enloquecidamente de felicidade.
Aaaiiiii meu deus! Estou triste, mas estou feliz, tão feliz que nem quero mais escrever.
Queria uma passagem só de ida, com direito a acompanhte(s), e uma bagagem recheada de boas experiências. Queria partir sem olhar para trás, sem nunca me arrepender, sem pensar demais. Infelizmente [ou felizmente] Deus me fez capricorniana e geniosa, daquelas que dá não ponto sem nó.
Prefiro pensar, pensar, chorar, chorar, até então resolver. Resolver se fico aqui ou mudo de cidade, se largo o emprego e vou escrever histórias, se viajo ou compro um notebook, se te ligo ou espero sua volta, se rezo em casa ou vou a igreja, se faço pós ou estudo para o mestrado, se te largo de vez ou volte atrás. Se isso, se aquilo (e blá blá blá). Chega dessa ansiedade maluca que me consome em cada centímetro.
Eu queria ter a coragem do meu amigo, a força do meu pai, o realismo da minha mãe. Queria não ter medo, não sofrer, não chorar [tanto]. Queria ter um colo também, alguém com quem eu pudesse sentar e conversar. Alguém para desenrolar estes 256 nós que estão entalados na minha garganta. Parei de questionar a Deus. Hoje eu só agradeço, ao dormir e acordar.
Preciso gritar, entende? Acordar os vizinhos. Mandar as pessoas ‘non gratas’ ao raio que o parta. Dizer eu te amo pra minha paixão, enlouquecer de tanto dançar, ouvir música bem alto, e quem sabe, ter certeza do meu rumo.
Como disse uma amiga, a vida não é um filme. E eu sei disso.
Mas prefiro pensar que um dia ela vai ser mole, que nem maria mole.
18 de jun. de 2010
Por que você faz isso? Deixa os dias correrem só para ver chegar o Natal? Passa correndo para pegar o primeiro ônibus? Desliza na linha para ver nascerem os fios brancos no cabelo? Coloca e tira pessoas da nossa vida só para entender a saudade? Porquê tempo? Porquê você faz isso? .
Não, hoje eu não estou para brincadeiras. O papo é sério. Você está correndo com meus dias, meses e anos. Tem me feito envelhecer além do esperado. Além do mais, meus dias não são mais tão felizes quanto eram antes. O que está acontecendo? .
Quando percebo, mais um dia se foi, e cá estou com minha caixinha de sonhos nas mãos. E ainda que não consiga realizá-los nesta vida, deixarei guardados para que um dia, alguém os aproveite. Dentro dela estão mais que sonhos. Estão projetos, pedidos, desejos. Sinceramente, não pedi demais. Somente o mais importante: a felicidade. O detalhe é que ela desabrocha e se espalha no ar com cheirinho de frutas vermelhas. .
Dela, eu posso tirar bom proveito se o Senhor Tempo me permitir. Então pensa bem vai e deixa os minutos falarem por si.
"Nossa maior tragédia é não saber o que fazer com a vida."
José Saramago
16 de jun. de 2010
"saudade de coisas que nunca vivi...é o que mais sinto".
a verdade é que estamos vendo o tempo passar. dias. meses. anos.
meu sentimento é este, sem tirar nem pôr. saudade. de tudo que é bom. tudo que não foi vivido. tudo que a imaginação me permite sonhar. tudo o que a fantasia deseja.
Era mais um sábado qualquer, não fosse a data que o cercava. Era dia dos Namorados. Pois bem, nada ali mudaria sua rotina. Era dia de acordar, lavar bem o rosto, escovar os dentes, passar perfume e ir trabalhar. Em meio a muitas conversas no ambiente, o que restava era a concentração. Cadê a pauta que não vem? Depois de muito revirar as anotações na agenda, eis que surge algum assunto para escrever. Entrevistou, escreveu a matéria, passou para a diagramação e foi embora. Enquanto andava pelas ruas, notava que especialmente naquele sábado, o amor estava no ar. ‘Mas que diabos as pessoas descobrem que estão apaixonadas só no dia 12 de junho?’. Mas boba, não era nada disso. Eles (os casais), sempre estiveram. É que neste dia, a inspiração bate a porta. Ela, que pouco ligava para a tal data, resolveu sair às compras. Cinco lojas, três presentes, volta para a casa, tic-tac do relógio, filmes românticos ou copa do mundo? Copa do mundo. E lá se vão alguns pensamentos. Oito horas, família reunida. Hora de arrumar a produção para o aniversário do amigo. [Porque amigos fazem aniversário no dia dos namorados?]. Festa do amigo, volta para a casa. Até agora nenhum problema. Liga para os outros amigos. Era a noite dos solteiros. Vamoooos sair?Não, ninguém vai.
Coloca o pijama, liga a tv e assiste Cidade dos Anjos. Ah não, filme chato! Parte para o livro. Não de novo. Algo já estava incomodando. ERA O DIA. Meleca de dia. Então, quase que sem querer, surgem as lembranças, voltam as recordações, os dias, os meses, os anos. A felicidade, a tristeza, os carinhos, as brigas, as promessas e desculpas. Então decide: É hora de dormir. Sim, hora de apagar. Desliga a tv. Deita a cabeça no travesseiro. Resolve deixar todos aqueles pensamentos pro dia 13. E vai, deixa pra amanhã vai.
6 de jun. de 2010
"O barulho aqui fora me impede de ouvir o meu silêncio.
Meu coração está assim.
Farto de todas essas saudades, de todos esses amores fracassados, de todas essas tentativas, de tantas perdas.
Ando cansada de certas coisas que antes pareciam ter graça e hoje não fazem sentido algum"